Grupo 1
Grupo 1

A chegada de uma criança na família é motivo de alegria, não é mesmo? E você sabia que a política de licença maternidade do Canadá é considerada uma das melhores do mundo? Somente para se ter uma ideia, esse período pode durar até 52 semanas e existe a possibilidade de que parte dele seja dividido entre os pais (conforme explicamos na matéria “Employment Insurance Maternity and Parental Benefits - Como Funciona?”).

Nós sempre recebemos várias perguntas a respeito de direitos das mulheres grávidas no país, que chegam por intermédio dos canais oficiais de comunicação da Immi Canada, como por exemplo, o email contact@immi-canada.com, e ficamos felizes em esclarecê-las. Veja na sequência uma dessas questões!

Desta vez responderemos a seguinte dúvida:

“Eu trabalho no Canadá e estou grávida... eu corro o risco de ser demitida?”

Logo na introdução do documento “Pregnancy and Human Rights in the workplace” do Canadá, que trata especificamente sobre os direitos das mulheres grávidas no ambiente profissional, existe a afirmação de que o tema gravidez no local de trabalho é uma questão fundamental dos direitos humanos da igualdade e de oportunidade. Desta forma, uma mulher não pode sofrer nenhum tipo de consequência negativa pelo fato de estar esperando um bebê, inclusive não deve ser demitida por isso.

Portanto, as mamães possuem seus direitos assegurados por legislações e códigos, e ainda de acordo com essas diretrizes entre as diversas garantias para as profissionais durante o período de gravidez, estão:

- Não se pode encerrar um contrato de trabalho tanto por causa da gravidez, quanto pelo funcionário ter a intenção de tirar a licença maternidade

- A mulher possui o direito de ir às consultas médicas, mas dependendo da política do local de trabalho este tempo pode ser remunerado ou não

- O empregador não pode negar licença médica quando as grávidas estão doentes, bem como não pode forçar o afastamento para a licença maternidade

Dentro do “Canadian Human Rights Commission’s Pregnancy Policy” é possível acessar importantes informações como os direitos e deveres de empregados e empregadores diante da questão gravidez, inclusive identificando possíveis práticas discriminatórias e oferecendo soluções.

Vale lembrar que todas essas questões estão de acordo com o código trabalhista canadense. Além disso, o termo geral "gravidez" pode incluir o processo de gravidez, tratamento de fertilidade, durante o parto, o pós-parto e período de amamentação, bem como as condições gerais relacionadas com a gravidez e as circunstâncias.

Ambiente de trabalho adequado e seguro

Uma funcionária que trabalha no Canadá e está grávida, ou em fase de amamentação, pode pedir ao seu empregador para modificar a natureza de seu trabalho, se este representar algum tipo de perigo para a sua saúde ou a de seu bebê. Este pedido deve ser acompanhado de um atestado médico indicando quanto tempo o risco provavelmente vai durar, e quais atividades ou condições devem ser evitadas.

Neste contexto, colaborador e empresa devem conversar para entrar em um acordo comum que objetive encontrar alternativa de reduzir os riscos, e ao mesmo tempo cumprir as funções essenciais do seu trabalho. Realocação por um certo período para outra posição ou setor, ou ainda uma licença temporária, podem ser possíveis soluções em algumas empresas e que são sugeridas pelos órgãos oficiais do Canadá.

E confira também...

- O guia especial elaborado pelo “Public Health Agency of Canada - Healthy Pregnancy Guide”, que aborda aspectos como o pré-natal, atividades físicas, saúde emocional, entre outras considerações para esta importante fase da vida de uma mulher.

- As matérias "Ser mãe no Canadá: como funciona (parte 1)", que traz a experiência de uma mamãe de Vancouver (BC) e a "Ser mãe no Canadá: como funciona (parte 2)" com dicas super úteis para as grávidas.

 

 

 

Muita gente sonha em estudar, trabalhar e morar no Canadá. Muita gente também sonha em ter filhos um dia. O que acontece quando essas duas coisas se sobrepõem e o casal engravida no Canadá? Quais são os direitos do casal com relação a licença parental, planos de saúde, consultas pré-natais, e, mais importante, como funciona realizar todo o planejamento necessário para a chegada do bebê?

Nós já abordamos a questão da licença parental neste post, em que explicamos de forma detalhada a respeito de quem tem direito à licença e a respeito da duração da licença.

Nos últimos tempos também falamos sobre filhos aqui, aqui e aqui.

Desta vez, bolamos esta pequena série, com apenas dois textos, para falarmos um pouco dos assuntos que ainda não abordamos em nossos posts: a questão da gravidez, e a questão das consultas médicas.

Falamos sobre a gravidez no primeiro post desta série, que você pode conferir aqui, em que entrevistamos a futura mamãe Isana Santana. Ela nos passou um pouco sobre a sua experiência aqui no Canadá, e contou o que ela encontrou de diferenças com o que é praticado no Brasil em termos do pré-natal e do sistema de saúde em geral.

Hoje vamos falar sobre as consultas médicas em si. Como a Isana já havia mencionado no nosso primeiro post, existem muitas diferenças entre o Brasil e o Canadá no que diz respeito às consultas pré-natais. Então vamos lá!

 

Antes de mais nada, os serviços do governo

O Healthy Pregnancy Guide é um guia oferecido pela Public Health Agency of Canada especialmente para mulheres grávidas ou que estão planejando engravidar. Esse guia, disponível em PDF e também em cópias impressas, aborda muitos tópicos referentes à gestação (incluindo o período de planejamento anterior à gravidez e o período pós-parto), tais como: nutrição, atividade física, saúde emocional, e também os malefícios que podem ser causados por álcool e tabaco. Além disso, é oferecido umcalendário de 10 meses de gravidez, que serve para que a mulher mantenha um controle da gestação semana a semana. O calendário pode ser personalizado, e cada novo mês conta com informações que podem ser muito úteis a respeito dos mais variados tópicos sobre a gravidez.

O site do Governo do Canadá oferece uma seção especialmente destinada à saúde e, dentro dela, umaseção destinada à gravidez. Os assuntos abordados são vários, desde alimentação, fertilidade, nascimentos múltiplos, até doação de esperma e de óvulos – e também de embriões! É possível encontrar todas as informações referentes ao processo de doação, inclusive possíveis questões emocionais ligadas ao procedimento. A título de curiosidade, é também possível encontrar uma seção especial a respeito de como conversar com seu filho caso ele tenha sido concebido com material genético proveniente de doadores.

Existe outra seção do site que informa a respeito da vacinação, tanto na gravidez quanto para crianças. É possível encontrar uma ferramenta para verificar as datas de vacinação das crianças, já que essas regras variam de país para país, com base na província de residência e na data de nascimento da criança.

O site da Society of Obstetricians and Gynaecologists of Canada também oferece uma série de folhetos informativos a respeito da gravidez e de muitos assuntos relacionados a ela e à saúde feminina em geral.

 

E sobre as consultas médicas?

O site BabyCenter Canada pode ser uma fonte muito rica de informações a respeito da gravidez e do nascimento do bebê no Canadá. Foi lá que encontramos grande parte das informações que vamos repassar para vocês aqui, como os tão esperados detalhes sobre as consultas médicas.

Dependendo de qual serviço for disponível em sua comunidade e do que for coberto pelo plano de saúde da sua província, você poderá escolher entre realizar as consultas pré-natais com um médico de família, um obstetra ou uma midwife, a famosa parteira. Em muitas regiões do Canadá, a profissão de parteira é regulamentada, e tem como objetivo cuidar da gestação saudável, nascimento e pós-parto, através de uma abordagem holística e pessoal focando na dupla mãe-bebê, até cerca de 6 semanas após o nascimento do bebê.

Os prenatal check-ups, ou as consultas pré-natais, geralmente são realizadas na própria clínica médica ou midwifery clinic. Se tudo correr bem, a futura mamãe só irá ao hospital para realizar os exames de ultrassom e também exames especiais, caso necessário.

A respeito dos médicos, é muito provável que o mesmo médico ou midwife permaneça com você do início da gravidez até o parto. No entanto, é sempre bom perguntar ao médico como funciona caso o bebê decida nascer num momento em que o médico estiver de férias, por exemplo, ou simplesmente quando não estiver “on call”.

 

O primeiro prenatal check no Canadá

Geralmente a mulher vai ao médico assim que suspeita que pode estar grávida, não é? É assim também no Canadá, onde o médico de família pode acompanhar a sua gravidez até bem perto do momento do parto, quando então você será encaminhada para um obstetra, que pode oferecer um acompanhamento mais especializado e focado no parto que está prestes a acontecer.

A maioria dos médicos e midwives no Canadá preferem ver a paciente durante a primeira consulta pré-natal entre a 8ª e a 11ª semana de gestação, porque o dating ultrasound, ou ultrassom com a finalidade de estabelecer o tempo da gravidez, apresenta resultados mais confiáveis dentro deste período.

Formulários para preencher e muitas perguntas detalhadas durante a consulta são essenciais durante essa primeira visita ao médico ou à midwife, que irá estabelecer um quadro detalhado do seu histórico médico, assim como do seu parceiro (ou parceira) e dos familiares. Perguntas comuns nesse momento, além dos históricos de doenças e se a mulher tem ou não outros filhos, dizem respeito ao estilo de vida, já que, caso um dos parceiros fume, por exemplo, será preciso estabelecer planos de tratamento para parar de fumar. Outra questão importante abordada nessa consulta diz respeito às opções de parto, ou seja, se os pais preferem dar à luz em um hospital ou em casa, por exemplo.

 

Os ultrassons

Os exames de ultrassom no Canadá geralmente são realizados por profissionais que possuem umcertificate ou um diploma de um curso pós-secundário em ultrassonografia médica. Esses profissionais são chamados de sonographers. Em casos especiais, o ultrassom é realizado por um médico especializado em medicina embrionária, com treinamento em ultrassonografia.

O sonographer não irá interpretar os resultados do ultrassom, diferente do que acontece no Brasil. Em vez disso, esses resultados serão encaminhados para um radiologista, que irá interpretá-los e então encaminhá-los para o seu médico de família, obstetra ou midwife. Portanto, você só fica sabendo dos resultados na sua consulta de retorno com o médico.

Quanto ao sexo do bebê, é possível saber a partir da 18ª semana, mas somente se a posição do bebê for favorável. Alguns hospitais têm uma política de não revelar o sexo, justamente por ser um procedimento passível de erros, já que é difícil de constatar. Se você deseja saber o sexo do bebê, é uma boa ideia verificar com o médico a respeito das políticas do hospital recomendado.

Não existe uma regra a respeito da quantidade de ultrassons, pois os procedimentos serão indicados pelo médico ou midwife de acordo com a evolução de cada paciente. Mesmo assim, a quantidade de ultrassons é muito pequena, sendo limitada em 2 ou, em alguns casos, 3 desses exames durante toda a gravidez.

Assim, geralmente se tem um primeiro ultrassom, como já mencionamos, que é o dating ultrasound, feito em torno da 10ª ou 13ª semana de gestação. O próximo seria o ultrassom morfológico, feito entre a 18ª e a 22ª semanas de gestação. Aqui será possível verificar se tudo está bem com o bebê, e se ele e a placenta estão se desenvolvendo direitinho. E é isso. Pode ser que seja indicado um terceiro ultrassom, para verificar a saúde dos bebês caso sejam gêmeos, ou então caso existam problemas durante a gravidez ou em gestações anteriores. Se tudo estiver saudável, o monitoramento continuará a ser feito através de exames físicos, de urina e de sangue. A lista de itens que podem ser verificados através do exame de sangue você pode encontrar aqui, e exames adicionais, assim como exames específicos para detectar possíveis condições genéticas e congênitas tanto na mãe quanto no bebê, podem ser indicados se houver necessidade, ou por pedido da paciente, ou uma cominação dos dois.

 

Links interessantes e informações para contato:

The Healthy Pregnancy Guide
1 800 O-Canada (1-800-622-6232)
Public Health Agency of Canada
Ottawa, Ontario K1A 0K9
TTY: 1-800-926-9105
Website

The Society of Obstetricians and Gynaecologists of Canada (SOGC)
780 Echo Drive   Ottawa, ON   K1S 5R7
Tel: (800) 561-2416 or (613) 730-4192
E-mail: info@sogc.com
Facebook: sogc.org
Twitter: SOGCorg
Website

Sobre viajar enquanto se está grávida

Mais informações sobre gravidez, trabalho e licença parental

Para saber mais sobre as diferentes opções de parto

Muita gente sonha em estudar, trabalhar e morar no Canadá. Muita gente também sonha em ter filhos um dia. O que acontece quando essas duas coisas se sobrepõem e o casal engravida no Canadá? Quais são os direitos do casal com relação a licença parental, planos de saúde, consultas pré-natais, e, mais importante, como funciona realizar todo o planejamento necessário para a chegada do bebê?

Nós já abordamos a questão da licença parental neste post, em que explicamos de forma detalhada a respeito de quem tem direito à licença e a respeito da duração da licença.

Nos últimos tempos também falamos sobre filhos aqui, aqui e aqui.

Desta vez, bolamos esta pequena série, com apenas dois textos, para falarmos um pouco dos assuntos que ainda não abordamos em nossos posts: a questão da gravidez, e a questão das consultas médicas.

Hoje vamos falar um pouco sobre a gravidez em si. Para isso, convidamos a querida Isana Santana, futura mamãe e completamente apaixonada pelo bebezinho que cresce a cada dia em sua barriga, para fazer uma entrevista conosco e falar um pouco sobre a experiência dela a respeito de sua gravidez aqui no Canadá. Residente temporária no Canadá e aplicante do Express Entry com o auxílio da Immi Canada, Isana faz parte do time de suporte da 3RA Intercâmbio, e veio para o Canadá com seu marido George Luiz em 2014.

 

Immi – Por que vocês escolheram vir morar no Canadá?

Isana – Meu marido George concluiu a high school em 1997 em Tacoma, uma pequena cidade pertinho de Seattle [nos EUA]. Voltou ao Brasil para estudar TI e sempre pensou em voltar para a América do Norte, até porque já tinha conhecidos por perto. Nosso planejamento de vir morar no Canadá, especificamente em Vancouver, começou em 2013, e em 2014 aqui estávamos. Como todo o começo para quem muda de país, a parte mais complicada foi administrar a saudade que sentimos dos nossos familiares e amigos. Com o passar dos meses fomos fazendo novas amizades, estudando e trabalhando, admirando esse lugar incrível, e hoje pensamos em criar nosso futuro bebê aqui, em Vancouver.

 

Immi – Você está grávida de quantos meses?

Isana – Estou grávida de 20 semanas, metade da gestação!

 

Immi – A gravidez mudou alguma coisa no seu planejamento inicial e de seu marido com relação à vida aqui no Canadá?

Isana – Já estávamos planejando um bebê, pois, como costumo brincar, mulher tem aquele reloginho biológico que quando diz “É hora de ser mamãe”, ninguém segura [risos]. Na verdade o que me preocupava era o fato de eu estar com 34 anos e o meu sonho de ser mãe já não poderia mais ser adiado. Claro que aguardamos um período, 1 ano e meio, desde que chegamos até eu de fato engravidar, pois gostaríamos de estar bem adaptados e estruturados para isso. Alugamos um apartamento de dois dormitórios e estamos preparando tudo com muito carinho. Em relação ao trabalho e estudos, vida que segue, tudo normal.

 

Immi – Como funcionam as consultas médicas do pré-natal aqui no Canadá?

Isana – O primeiro passo quando decidi engravidar foi fazer o pré-natal. Eu procurei uma médica de família do MSP [medical services plan] e desde a primeira consulta correu tudo bem. Ela me solicitou exames e logo me receitou o ácido fólico. Parei a pílula em abril e em julho já estava grávida! A partir desse momento as minhas consultas passaram a ser mensais com a médica de família, e somente agora, com 5 meses, é que fui orientada pela minha médica a fazer consultas com uma obstetra, que é quem fará o meu parto.

 

Immi – O que é diferente do Brasil no que diz respeito às consultas médicas?

Isana – A médica de família acompanha a paciente em todos os aspectos, e ela só vai recomendar um especialista se o procedimento a ser feito com a paciente for bem específico, necessitando mesmo de um especialista na área, como no caso de um parto. No consultório, todos os exames de rotina, toda a avaliação da paciente e todo o tratamento é oferecido de forma eficaz. Os resultados dos exames vão do laboratório direto para o médico, e isso de certa forma é excelente porque os pacientes não ficam “interpretando” resultados antecipadamente e tirando conclusões precipitadas, como já vi acontecer no Brasil.

 

Immi – O que mais chamou a sua atenção nas suas consultas com a médica de família?

Isana – Quando descobri a gravidez, a primeira pergunta da médica foi chocante. Ela disse: “Isana, quais são seus planos?”, eu não entendi a pergunta e indaguei: “Meus planos?”, e ela disse: “Você vai continuar a gravidez ou não?”. Eu, meio desconcertada, respondi que sim, que como ela mesma sabia era um sonho pra mim. Só então ela finalizou: “Esta pergunta é um procedimento padrão. Como o aborto no Canadá é legalizado, eu tenho o dever de te perguntar, mesmo sabendo que você estava planejando”. Então ela me abraçou e disse: “Felicidades!”.

 

Immi – Isso é muito interessante, e uma novidade para os brasileiros, com certeza. E sobre os exames de ultrassom? Você notou alguma diferença entre o Brasil e o Canadá?

Isana – Uma questão bem diferente do Brasil é a questão de saber o sexo do bebê, e até mesmo a quantidade de ultrassons realizados é diferente. No Brasil, a mulher normalmente já pede para saber o sexo do bebê, por um exame de sangue, logo nos primeiros meses de gravidez. O número de ultrassons que as grávidas fazem é maior do que aqui no Canadá. Quando eu falei para a minha médica que eu gostaria que ela me desse um pedido para fazer o exame e saber o sexo do meu bebê, ela disse que não poderia fazê-lo. Ela explicou mais uma vez que, por conta de o aborto ser legalizado e de que pessoas de algumas culturas, ao saberem o sexo do bebê, pedirem para tirar, é somente entre a 20ª e a 22ª semana de gestação, ou no segundo ultrassom (morfológico) que o sexo do bebê é finalmente dito. Ah, e não é dito pela pessoa que realiza o exame, mas na sua consulta de retorno com o médico! Imagina a ansiedade!

 

Immi – Deve dar uma ansiedade muito grande mesmo! Ainda bem que no seu caso já está quase na hora de fazer esse segundo ultrassom! Existem outros serviços de saúde a que você tem direito durante a gravidez, tipo sessões de fisioterapia, psicologia, nutrição?

Isana – Tudo o que uma paciente necessita durante a gestação pode ser fornecido pelo governo. Desde que devidamente acompanhada por um médico do MSP, todo o suporte necessário será fornecido. Como sou mãe de primeira viagem, foi sugerido que eu participasse de grupos de gestantes e de nutrição, em que aprendo muitas coisas interessantes não somente para utilizar na gravidez mas também sobre como lidar com o bebê nos primeiros anos de vida. Eu soube de uma amiga que recebeu do governo uma máquina de tirar leite materno (pois ela estava com dificuldades para amamentar). Acredito que serviços de fisioterapia, psicologia, terapia ocupacional, dentre outros, seriam indicados se houvesse necessidade. O sistema de saúde no Canadá é mesmo um exemplo, na minha opinião.

 

Immi – Na nossa também [risos]! Você já fez algum planejamento para o nascimento, como escolher o pediatra e a maternidade? Se sim, como funciona esse planejamento aqui no Canadá?

Isana – A obstetra foi indicada por um amigo. Passei o nome dela para a minha médica de família, e foi ela quem me orientou a iniciar as consultas com a especialista. Serei atendida no hospital onde a minha obstetra é cadastrada: o BC Women’s Hospital. Quando o bebê nascer, ainda não sei se o atendimento será com a minha médica de família ou se um pediatra irá atendê-lo. Estou seguindo o sistema de saúde, conforme me orientam, e tem dado tudo certo!

 

Immi – Que bom! Poder confiar no sistema de saúde deve ser muito tranquilizador, ainda mais com um planejamento tão lindo como o seu! Isana, muitas pessoas que entram em contato conosco, seja de forma particular ou pelas mídias sociais, nos perguntam sobre a questão da cidadania do bebê, e se ter um bebê no Canadá “facilita” de alguma forma para os pais conseguirem a residência permanente ou a cidadania. O que você pode nos dizer sobre isso?

Isana – Meu bebê será canadense e terá todos os direitos de um cidadão canadense, mas isso não muda nada para os pais. Não é possível obter PR ou cidadania só por ter um bebê no Canadá. Eu e meu marido estamos estudando, trabalhando e dando continuidade ao nosso processo do EE, auxiliados pela equipe da Immi, e nunca pensamos no bebê como uma possível porta de entrada no Canadá. Estamos realizando um sonho pessoal, indepentemente do nosso status no país.

 

Immi – Isso é muito importante enfatizar. O nascimento de um bebê em solo canadense não muda em nada o status dos seus pais, não confere residência permanente nem cidadania. Independentemente de ter um bebê no Canadá, é preciso passar por um programa de imigração para adquirir o status de residente permanente no Canadá. Uma outra curiosidade que as pessoas têm é sobre a licença maternidade aqui no Canadá. Como funciona?

Isana – Nessa questão eu não tenho certeza [risos]. Acho que a licença é de 35 semanas, e pode ter uma diminuição no salário. Sei que o pai também tem direito a tirar uma licença quando nasce o bebê. Além da licença maternidade, o governo canadense pode oferecer uma ajuda financeira para a criança, que vai depender da renda da família.

 

A licença parental total no Canadá pode ser de até 50 semanas, sendo a licença maternidade de no máximo 15 semanas, que podem começar até 8 semanas antes da data prevista para o nascimento do bebê, e a licença parental de no máximo 35 semanas, da qual ambos os pais podem se beneficiar, em alternância, podendo dividir esse tempo entre si como desejarem.

Durante o período de licença, o salário pode sim ser reduzido, e caso seja reduzido em mais de 40%, a pessoa pode ser elegível para participar de benefícios do governo. Para saber mais, siga o link para o nosso post sobre a licença parental.

 

Se você quiser saber mais sobre como a gravidez pode influenciar o seu programa de estudos ou trabalho no Canadá, dê um olhada no nosso vídeo explicativo com a Celina Hui, publicado em maio deste ano.

 

A seguir, “Ser mamãe no Canadá: como funciona? [Parte II]”: consultas médicas durante a gravidez.

 

Aproximadamente 5 dias depois da nossa entrevista, Isana nos deu a notícia que tanto esperávamos: ela está esperando uma menininha! Parabéns Isana e George! A equipe Immi Canada deseja a vocês toda a felicidade do mundo!

Grupo 1
CONTATO
contact@immi-canada.com
VANCOUVER: +1 (604) 684-0530
Redes sociais
Caminho 139
magnifier