Grupo 1
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O Canadá celebra em 2017 seus 150 anos, desde da Confederação, mas a cara do país tem mudado bastante durante todo esse período, ficando marcado pela diversidade.

Em 1867, ano que se firmou o acordo que deu origem ao país como o conhecemos hoje, apenas 16% da população havia nascido no exterior (estrangeiros).

Diferente disso, daqui a duas décadas a metade da população será de imigrantes ou de filhos de imigrantes. Assim revelou uma nova pesquisa feita pela Direção Geral de Estatísticas do Canadá (StatCan).

O órgão federal analisou todos os dados sobre a demografia do país e demonstrou a importância que tem a imigração no momento de modelar o futuro do Canadá em todos os níveis, desde a cultura até a língua.

Segundo as projeções do StatCan, em 2036 a proporção de imigrantes em relação à população total será entre 24,5% e 30%, em comparação com os 20,7% em 2011. À isto se somam as análises das segundas gerações. Em 2036 se estima que quase 20% de toda a população terá, ao menos, um dos pais nascido no exterior.

No total isso se traduz que em duas décadas a proporção de imigrantes e filhos de imigrantes representarão entre 44,2% e 49,7% de toda a população canadense.

A nível mais local, as grandes metrópoles seguirão concentrando a grande parte da população imigrante do país. Para 2036 33,6% de todos os imigrantes do país poderão estar em Toronto, entre 13,9% e 14,6% em Montreal e entre 12,4% e 13,1% em Vancouver.

Além disso: Dentro de duas décadas entre 77% e 81,4% da população de Toronto poderá ser de imigrantes ou de filhos de, pelo menos, um imigrante. Em Vancouver esta proporção seria de entre 69,4% e 74%, enquanto que em Montreal seria entre 49,7% e 55,6%.

Para 2036 a minorias visíveis estarão, em sua maioria, compostas de pessoas de origem do sul da Ásia, assim como da China.

O debate sobre o idioma

Outra das revelações desta pesquisa, apresentada nesta última quarta-feira (25) pelo StatCan poderá gerar tensões em alguns setores da população: Segundo as projeções, tanto a proporção dos canadenses francófonos , assim como também os anglófonos, irão reduzir, a medida que os que tem outro idioma como língua materna irão aumentando.

Em 2011 em torno de 6,9 milhões de canadenses (20% da população) tinha como língua materna um idioma distinto ao inglês ou francês. Para 2036 este número poderá aumentar entra 10,7 e 13,8 milhões (26,1% e 30,6% da população).

Os anglófonos, atualmente, representam cerca de 58,7% da população do país, mas em duas décadas poderá cair para 52% à 56%.

Já os francófonos também verão sua representação cair, passando de 21,3% em 2011 à 17% ou 18% em 2036. Esta queda da proporção das pessoas que tem o Francês como língua materna se registrará tanto dentro como fora de Quebec.

Os idiomas da maioria

Estas novas realidades demográficas terão um impacto na proporção de habitantes que falam francês ou inglês.

Em 2036 estima-se que 78% da população irá declarar o inglês com seu primeiro idioma utilizado. Em 2011 est proporção era de 75,4%. Os números concretos, isso significa que os canadenses que utilizam o inglês como idioma principal passará de 25,9 milhões para entre 31,9 e 35,3 milhões em 2036.

Para o francês a situação é ligeiramente diferente. A proporção da população que saberá falar o idioma em todo o Canadá passará de 29,8% em 2011 à entre 27,6% ou 28,4% em 2036.

Isso não quer dizer que o número de pessoas que falam francês cairá, ao contrário, aumentará 10,2 milhões em 2011 para entre 11,7 e 12,5 milhões dentro de duas décadas. No entanto, a sua proporção em relação ao total da população se reduzirá.

A taxa “bilíngue Inglês-Francês” não verá uma grande variação no ano de 2036, chegando à 18,5% em comparação à 17,5% em 2011.

Em Quebec o bilinguismo seguirá crescendo. Em 2011 cerca de 39% da população declarou poder falar inglês e francês. Em 20 anos esta proporção poderá chegar à 49%.

 

Fonte: http://nmnoticias.ca/179716/estudio-poblacion-inmigrante-canada-futuro-ingles-frances-2036-statcan/

 

Tradução e Texto: Immi Canada – A cópia ou reprodução deste conteúdo sem prévia autorização, esta totalmente proibida.

 

Já falamos sobre a importância do inglês para quem tem o Canadá como destino de viagem, estudos, trabalho ou mesmo imigração. Todo mundo sabe que o Canadá é um país bilíngue: suas línguas oficiais são o inglês e o francês. Mas permanece a dúvida: quão importante é o francês para quem quer vir para o Canadá? Vamos falar sobre isso neste artigo!

História do Canadá

Para quem ainda não conhece muito a fundo a história do Canadá, o país foi colonizado efetivamente quando os britânicos e os franceses ocuparam o território que hoje é o Canadá, durante o século XVI. Como consequência de alguns acordos políticos referentes à divisão dos territórios, a região onde hoje é Quebec passou a ser dos franceses por direito, que contaram com a liberdade de inserir sua própria língua, que permanece por lá até hoje.

Sendo a maior província do país e contando com a segunda maior população por província no Canadá, Quebec é a única província do país que conta com uma população que fala predominantemente o idioma francês, sendo também a única província a ter somente o francês como idioma oficial (muito embora o Canadá em si possua duas línguas oficiais).

Por conta de suas diferenças culturais e de idioma, Québec conta com muitas pessoas que são partidárias da independência da província, sendo que o partido político mais forte da região realizou duas votações nas décadas de 80 e 90 a respeito do assunto. Embora a maioria dos cidadãos da província tenha votado contra a efetivação da medida, a Câmara dos Comuns reconheceu Quebec, em uma cerimônia simbólica em 2006, como “uma nação que pertence a um Canadá unido” (a nation within a united Canada). É também por esses motivos Quebec apresenta tanta diferença em suas regras com relação ao restante do país, o que é fácil de perceber quando lemos textos que vão mais ou menos assim: ''No Canadá acontece tal e tal coisa (exceto em Quebec).''

Na prática, a língua francesa está de certa forma presente em todo o país, seja em forma de empresas bilíngues, ou escolas que oferecem ensino bilíngue, e, no dia a dia dos canadenses, o francês está presente em praticamente todos os produtos disponíveis no mercado, com rótulos e bulas disponíveis quase sempre nas duas línguas.

Idiomas e imigração

Em todas as outras províncias e territórios do Canadá, o inglês é a primeira língua e, embora o país continue sendo bilíngue em teoria, na prática a grande maioria das pessoas, incluindo os próprios canadenses,  falam apenas inglês.Para fins de estudo e imigração, no entanto, nem sempre  é necessário ter conhecimento do francês, isto é, se você não pretender ir direto para Quebec.

Geralmente os testes de nivelamento do inglês ou do francês são definidos pela própria escola no que diz respeito às notas mínimas que o candidato precisa ter para poder ser aceito. Se o ensino será em inglês, o teste de proficiência deverá ser um teste de língua inglesa aceito pela escola. Nesse caso, não será necessário ter conhecimento do francês.

Para os programas de imigração, no entanto, o conhecimento do francês pode ser útil. Para o Express Entry, por exemplo, a proficiência em francês pode somar pontos adicionais na aplicação. Seria preciso ter uma nota equivalente ao CLB 5 (Niveax de compétence linguistique canadiens - NCLC 5) em todas as áreas de avaliação: leitura, escrita, compreensão verbal e fala.

Para quem é fluente em francês e tem pouco conhecimento de inglês, parte-se do mesmo princípio para fins de imigração: é preciso conseguir uma boa nota no teste de proficiência da língua em que se tem maior facilidade (lembrando que quanto melhor for a nota mais pontos o candidato pode ganhar), e a segunda língua, que no caso seria o inglês, pode vir a calhar caso o teste de proficiência resulte em uma nota equivalente ao CLB 5.

No entanto, embora o conhecimento da segunda língua oficial possa somar pontos, dificilmente isso fará uma grande diferença quando vemos a aplicação como um todo, já que existem vários outros fatores muito mais importantes na questão dos pontos, como, por exemplo, o nível educacional e a experiência de trabalho.

Falando em trabalho, no mundo globalizado em que vivemos saber falar idiomas adicionais pode ser uma vantagem para quem quer aumentar suas chances no mercado de trabalho!

Para turismo não existe nenhum requerimento quanto a saber ou não falar inglês ou francês. No entanto, ter conhecimento de uma dessas línguas pode ser muito útil para que a pessoa possa se comunicar durante a viagem, seja em restaurantes, em lojas, ou mesmo para pedir direções para chegar a algum ponto turístico. Nunca é demais lembrar que, fora de Quebec, o inglês é muito mais falado pelas pessoas do que o francês.

Diferenças regionais também podem ser percebidas com relativa facilidade quando se fala a língua local. Sabe como percebemos a diferença gigantesca que existe entre a maneira de falar de um baiano, um gaúcho e um português? Os sotaques também existem na língua francesa, o que faz com que o idioma seja mais fácil ou mais difícil de se apreender. O francês pode soar muito diferente quando se ouve um parisiense, um haitiano e um quebecois falando.

A linguagem é uma das marcas mais importantes de uma determinada cultura, sendo mesmo a expressão da identidade da região ou do país. É por isso que, para algumas pessoas, saber falar um pouco da linguagem do local que se está visitando é essencial para poder apreender um pouco melhor a cultura do local e o modo de vida das pessoas, o que pode fazer com que a viagem seja muito melhor aproveitada.

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