Grupo 1
Grupo 1

Quem já visitou o Canadá e já foi passear em um parque canadense talvez já tenha levado uma buzinada de um ou mais ciclistas passando a toda velocidade pela ciclovia. Passeando pela cidade, você viu uma cena diferente do que vemos no Brasil: ciclistas pedalando na rua mesmo, entre os carros, e - o mais impressionante de tudo - sem que os carros estejam buzinando ou contornando o ciclista em questão com manobras perigosas. Aí você pensa: como assim? O que acontece no Canadá que os ciclistas podem ir e vir como bem entendem?

 

A bicicleta como meio de transporte 

Em muitas cidades do Canadá, da mesma forma como funciona para muitos lugares nos Estados Unidos, o terreno é plano, sem muitas subidas ou descidas como temos no Brasil. Dessa forma, andar de bicicleta fica fácil... a não ser na neve, é claro.

As principais cidades canadenses têm vários séculos de história; Toronto, por exemplo, quando ainda se chamava Town of York no século 18, era composta por apenas 10 quadras, ou quarteirões, que hoje formam a parte da cidade que é conhecida como Old Town Neighbourhood. E é dessa época que vem o conceito que muitas cidades canadenses trazem da colonização europeia: quadras pequenas (no centro da cidade) e com muitas opções de comércio a apenas alguns passos de distância umas das outras, e também a apenas algumas quadras de regiões residenciais. O mesmo ocorre com Vancouver, em que a parte central, ou downtown Vancouver propriamente dita, é tão compacta que é possível andar de Yaletown até Waterfront ou até West End em pouco mais de 20 minutos a um passo confortável.

Bicicletas são popularmente conhecidas como meios de transporte também na Europa, onde as cidades também tendem a ser compactas, seguindo a evolução do planejamento original de ruas e bairros, o mesmo planejamento que, em séculos anteriores, foi especialmente projetado para facilitar o ir e vir das pessoas em um mundo onde não existiam carros. Então a cultura da bicicleta como transporte já vem dessa época, estando presente nos dias de hoje depois de ter passado por um período crítico no meio do século passado - quando sobreviveu à chegada dos carros em grande escala - e é interessante observar como isso é retratado em alguns filmes que foram lançados recentemente: A Teoria de Tudo e O Jogo da Imitação, por exemplo.

Levando tudo isso em consideração, e também tendo em mente que as ruas no centro das cidades costumam ser mais estreitas, e que os estacionamentos costumam ser consideravelmente mais caros do que em regiões mais afastadas, podemos entender o porquê de a bicicleta ser um meio de transporte tão apreciado por aqui.

Outro ponto a favor das bicicletas é que os canadenses em geral costumam ser muito antenados com o meio ambiente. Prova disso são os esforços que o primeiro-ministro Justin Trudeau tem feito quanto a estabelecer planos para o Canadá na luta contra a mudança climática. Quem prefere ir para o trabalho de bicicleta usa menos o carro. Menos carros nas ruas = menos poluição. Andar de bicicleta também é um ótimo exercício físico, e muitos locais de trabalho no Canadá possuem vestiários (seja do escritório ou do prédio) que podem ser usados para um banho rápido e uma troca de roupa. Muitos escritórios e prédios comerciais também possuem armários especiais para guardar bicicletas.

 

 

As regras de trânsito para os ciclistas

O Canadá é repleto de ciclovias e ciclofaixas. Como regra geral, ciclovias são “ruas” especialmente construídas para bicicletas, que contam com algum tipo de separação física entre as pistas para pedestres nos parques ou as calçadas nas cidades, e também entre as ruas destinadas aos carros. Já ciclofaixas são delimitadas por pinturas na pista que é “compartilhada” com os carros. Embora sejam apenas pintadas, as ciclofaixas são respeitadas por aqui. Motoristas “invadem” as ciclofaixas apenas quando pretendem fazer uma curva na próxima esquina e precisam atravessar a ciclofaixa para chegar à pista da direita. Sim, nem sempre as ciclofaixas são a última coisa que acontece à direita da pista.

No Canadá bicicletas são consideradas veículos de transporte, estando na mesma categoria que os carros e as motos. Portanto, em algumas cidades chega a ser ilegal andar de bicicleta nas calçadas, como é o caso de Vancouver. Bicicletas devem ter o seu lugar na rua, juntamente com os demais veículos. As regras de trânsito variam de cidade para cidade, mas não muito: em Vancouver é obrigatório usar capacete, em Toronto não (desde que você tenha mais de 18 anos, caso contrário é obrigatório). Em todos os lugares as bicicletas devem ficar à direita dos carros, e devem viajar na mesma direção que o restante do trágefo.

 

Caso queira entender melhor como funciona as regras de transito para os ciclistas no Brasil, clique aqui.

 

BC

Em British Columbia, o governo da província oferece o Bike Sense, um manual especialmente destinado a todo mundo que pretende andar de bicicleta por aqui. Também é destinado aos motoristas que querem entender melhor como funcionam as leis e o que é certo ou errado em termos de condutas no trânsito.

BC possui um ato de lei conhecido como Motor Vehicle Act que diz que os ciclistas têm os mesmos direitos e deveres que os motoristas.

O Bike Sense possui não somente informações a respeito de leis de trânsito e de código de conduta, mas também informações a respeito dos diferentes tipos de bicicleta existentes, das partes que formam uma bicicleta e, como se não bastasse, informações sobre como verificar as condições das partes da sua bicicleta.

Sobre o uso de capacetes, trata-se de um assunto polêmico, com muitas pessoas defendendo sua importância, e também com muitas pessoas desejando que o uso fosse opcional. Mas fatos são fatos: além de ser lei, andar em meio aos carros pode ser perigoso. Você como ciclista pode não estar em uma velocidade tão alta, mas se um motorista perder o controle do carro ou se você for atingido em um acidente, ou então se você cair da bicicleta em direção aos carros, o capacete pode sim fazer a diferença, salvando a sua vida ou prevenindo contra ferimentos que podem deixar sequelas irreparáveis. Os capacetes em BC devem ser apropriados para o uso por ciclistas, ou seja, não pode ser um capacete qualquer. Eles podem ser comprados ou alugados em qualquer loja que venda ou alugue artigos para bicicletas, incluindo os grandes supermercados.

Para andar à noite, os ciclistas devem obrigatoriamente instalar luzes abaixo do celim e na frente do guidão. Do ponto de vista de um carro, um ciclista é um objeto pequeno, então quanto mais chamativo ele for (inclusive é encorajado o uso de refletores e de roupas com cores fortes e coletes com material reflexivo), mais seguro estará, fazendo com que os motoristas o vejam e desviem dele com a devida antecedência.

Algumas coisas que são proibidas para os ciclistas em BC:

Curiosidades:

 

 

Ontário

O governo de Ontário disponibiliza para os seus ciclistas um guia chamado Cycling Skills, que contém tudo o que os ciclistas precisam saber a respeito de leis, deveres e direitos.

Toronto, em particular, conta com um serviço que os Vancouverites talvez não vejam por um bom tempo ainda: os bicycle renting stands. Como não é obrigatório usar capacetes por lá, algumas empresas oferecem esse serviço em que as bicicletas, todas iguais, ficam presas a um suporte em um lugar público, geralmente perto de um parque. Você escolhe quanto tempo deseja pedalar, paga com cartão de crédito, e uma das bicicletas será liberada para você. E pronto, é só começar a pedalar. O legal é que a bicicleta que você alugou pode ser devolvida em qualquer renting stand da mesma companhia, desde que haja um espaço para ela. Isso não é viável em Vancouver por conta da lei sobre a obrigatoriedade dos capacetes em BC. Dito isso, é possível alugar bicicletas em várias lojas especializadas.

Capacetes são obrigatórios para os ciclistas de Ontário que têm menos de 18 anos de idade. A multa para quem não usa é de $75.

O guia Cycling Skills de Ontário fornece informações sobre como calcular as dimensões da bicicleta, logo na primeira página. Para quem não conhece muito sobre o assunto, bicicletas vêm em vários tamanhos, não sendo somente o tamanho “criança” e o tamanho “adulto”. Assim, é preciso levar em conta a altura de quem pedala para se ter uma bicicleta que seja confortável tanto para as pernas quanto para os braços, e também para as costas. Isso tudo é possível ajustar, fazendo modificações na altura do celim e no tipo de guidão, por exemplo, mas o primeiro passo é conseguir uma bike com o quadro do tamanho certo.

Quanto às regras propriamente ditas, vale o mesmo para todas as regiões do Canadá: bicicletas vão à direita das pistas dos carros, e é preciso fazer sinal com os braços sempre que for fazer uma curva ou parar. Para pedalar à noite, é preciso ter luzes e refletores instalados na bike.

Curiosidades:

 

Para saber mais algumas curiosidades e informações interessantes sobre o Canadá, leia o nosso texto Imigrando para o Canadá: Adaptação!

 

 

Quando assumiu o poder, em novembro de 2015, o primeiro ministro canadense Justin Trudeau propôs algumas mudanças e reformas no sistema de imigração do Canadá. Na época, logo após as eleições, a Immi Canada lançou este texto explicativo, comentando sobre algumas dessas propostas e eventuais previsões quanto ao impacto que elas teriam para as pessoas que desejam imigrar no futuro.

 

Nas últimas semanas, a mídia tem estado repleta de informações as mais diversas a respeito de um assunto polêmico que começou logo depois das eleições. Estamos falando dos refugiados sírios e das implicações que as políticas que dizem respeito a eles podem ou não exercer sobre o restante das políticas de imigração canadenses.

 

Refugiados: quem são?

 

Infelizmente temos visto algumas pessoas nas redes sociais, elas mesmas com desejo de imigrar, culpando os refugiados pela burocracia do sistema, ou então fazendo comentários preconceituosos (e que revelam uma assustadora falta de informação) a respeito de os refugiados supostamente terem “benefícios” para imigrar.

 

Portanto, antes de fazermos qualquer comentário ou mesmo de expormos os fatos a respeito do polêmico assunto, é importante entendermos quem são os refugiados.

 

Antes de mais nada, de acordo com o governo do Canadá, um refugiado é uma pessoa que não pode retornar para o seu país de origem por um medo legítimo e fundamentado de perseguição por parte do governo local ou de determinados grupos por motivos relacionados a religião, opinião política, orientação sexual, dentre outros. Quando falamos em “medo legítimo”, queremos dizer que essas pessoas, caso voltem para seus países de origem, correm o risco de serem presas, torturadas e mortas. Fora isso, a violência e a guerra civil, juntamente com o risco de ser capturado por organizações terroristas e obrigado a trabalhar para essas organizações, também são motivos para que as pessoas busquem refúgio em outros países. Sim, o assunto é complicado.

 

É possível ter um insight das vidas dessas pessoas através de entrevistas publicadas em jornais e revistas ao redor do mundo, como esta, publicada no site do jornal National Post em janeiro. Ainda assim, para nós que vivemos em uma sociedade sem bombas e sem guerra, é muito difícil compreendermos como é a vida para os refugiados. A título de exemplo, trechos de uma matéria publicada no site americano Business Insider, em dezembro de 2015:

 

 

"Quando eu estava na segunda série, teve um ataque com bomba na escola. [...] é difícil descrever o som [...] mas era como se um prédio estivesse caindo”

 

"[..] quando passou um mês e a guerra não tinha acabado, eu pensei ‘Talvez dois meses’. Depois, ‘Talvez três meses’. Mas depois de três meses minha mãe me disse que nossa casa havia sido destruída. [...] Não tínhamos um lugar para onde voltar”

 

"Eu era o único médico da região, então quando a ISIS ocupou nossa cidade eu sabia que eles iriam querer que eu trabalhasse para eles. Deveríamos ter ido embora naquele momento”

 

Podemos perceber então que refugiados não são simplesmente pessoas que desejam ir morar em outros países, como é o caso de quem nos lê agora. Refugiados são pessoas que não têm outra escolha a não ser deixar tudo para trás em busca de salvar a própria vida e a vida de seus familiares.

 

A política de imigração canadense para os refugiados

 

De acordo com uma matéria publicada em 19 de fevereiro no jornal National Post, o governo de Justin Trudeau esperava receber 25.000 refugiados no final de 2015, mas esse prazo precisou ser estendido para 2 meses além da data final. Já as previsões para 2016, de acordo com o ministro da imigração John McCallum, são que até 50.000 refugiados podem chegar ao país até o final do ano. Esses números não são decididos arbitrariamente. Sendo parte de planos governamentais, levam em consideração uma estimativa da quantidade de pessoas que o Canadá dá conta de receber a cada ano, levando também em consideração a existência de moradia, empregos, saúde e educação para todas essas pessoas.

 

 

De acordo com o site oficial do governo do Canadá, existem 5 fases para o processo de refúgio em voga atualmente, sendo que segurança é a palavra-chave. O Canadá está trabalhando junto à agência de refugiados das Nações Unidas para identificar pessoas que precisam de asilo, dando prioridade para mulheres em risco e famílias inteiras.

 

Quanto à segurança, cada candidato ao refúgio no Canadá passará por uma série de passos cujo foco principal é manter um alto nível de controle quanto a quem são as pessoas que estão sendo admitidas no país: novos refugiados passam por um extenso processo de verificação de documentação, coleta de impressões digitais e fotos, assim como dados referentes ao histórico de cada pessoa, contando com atestados de antecedentes criminais. Além disso, candidatos ao refúgio também passam por entrevistas com oficiais de imigração, onde toda essa documentação é verificada. A partir disso será tomada a decisão a respeito da validade da aplicação de cada candidato. Os candidatos também passam por exames médicos antes de receberem o sinal verde para embarcar, e ainda mais exames médicos ao chegarem no Canadá.

 

De acordo com matéria publicada pelo jornal Huffington Post, é preciso esperar mais algum tempo para se ter uma ideia dos efeitos que irão surgir como consequência da política de imigração para os refugiados. No entanto, é importante ter em mente que o governo de Justin Trudeau pretende ainda fazer mais mudanças no sistema de imigração como um todo, sendo que a política referente aos refugiados é apenas uma parte desses planos. E planos governamentais levam algum tempo para poderem ser implementados, acompanhados e avaliados. Isso não quer dizer que haverá menos espaço, por assim dizer, para as outras classes de imigrantes, e também não quer dizer que imigrantes que já chegaram ao Canadá terão menos benefícios por conta do aumento do número de refugiados. Não temos dados suficientes sobre isso, já que se trata de um programa novo, e qualquer conclusão nesse momento pode ser considerada precipitada. Em suma, é preciso ainda esperar algum tempo para que o governo possa avaliar os resultados de seus planos e compartilhá-los com o público em geral.

 

 

Muita gente já ouviu falar na crise do petróleo que está afetando diretamente a economia de vários países, incluindo o Canadá. Com o que está sendo considerada por especialistas como a maior crise dos últimos anos na indústria de petróleo e gás, a província de Alberta já conta com 19.600 empregos perdidos em 2015, desde 1980. Para fins de comparação, durante a crise de 2009 a província perdeu cerca de 17.200 empregos. Ainda assim, nada comparado aos gritantes 45.000 durante a recessão de 1982.

 

Qual é o impacto desses números na vida dos canadenses em geral e dos residentes de Alberta, em particular? Basicamente o que o Canadá está vendo nesse momento é uma espécie de êxodo, já que as pessoas que dependiam da indústria petroleira para fins empregatícios estão precisando sair da província, cujo foco da economia é o petróleo, em busca de empregos em outras indústrias e em outras cidades. Isso faz com que esses trabalhadores procurem por novas fontes de renda, muitas vezes aceitando pay cuts, ou diminuição de salário, em troca de um emprego mais estável. Para alguns psicólogos e orientadores profissionais canadenses, a crise do petróleo pode ser vista, na verdade, como uma ótima oportunidade para que os trabalhadores que estão sendo demitidos procurem fazer a transição para uma carreira que seja mais adequada de acordo com seus planos de vida e seus objetivos pessoais. Para alguns, é uma oportunidade para recomeçar e realizar os sonhos profissionais.

 

 

Para outros, no entanto, a crise do petróleo está provando ser bastante amarga. São geralmente pessoas que não estão mais em início de carreira, e que, embora possuam bastante experiência profissional, frequentemente encontram essa experiência focada apenas na indústria onde trabalharam durante tantos anos. Isso pode fazer com que, na busca por novos empregos, acabem não tendo tantas chances quanto as pessoas mais jovens ou então que contam com qualificações específicas de outras indústrias.

 

Entre os empregos perdidos estão desde cargos de operação de máquinas até cargos de gerência e executivos. Com menos funcionários, as empresas também estão procurando escritórios menores e com aluguéis mais baratos, e, somando isso à saída dos recém-demitidos funcionários em busca de novos empregos em outros lugares, a indústria imobiliária em Alberta também sofre. De certa forma, a economia é sempre dependente de várias indústrias que exercem maior ou menor influência umas nas outras, e, com isso, uma crise em uma dessas indústrias inevitavelmente acaba afetando a economia como um todo. É o caso também da indústria de hospitalidade, incluindo a famosa Calgary Stampede, que também contou com demissões de funcionários para 2016 devido à diminuição de público. Com menos empregos e frente à necessidade de economizar, as pessoas tendem a gastar menos com turismo e artigos que não são de primeira necessidade, impactando também os lucros de lojas e restaurantes em geral.

 

Para atrair consumidores, surgem as promoções e os descontos, e também uma curiosa maior facilidade em se conseguir empréstimos, o que faz com que residentes adquiram ou aumentem consideravelmente suas dívidas.

 

Ao contrário do que aconteceu nas crises do passado, alguns economistas (como por exemplo Peter Tertzakian, de acordo com este artigo) especulam que a volta ao normal a partir da crise mais recente não será tão positiva, principalmente pelo fato de que contamos hoje com uma pressão para diminuir as emissões de CO2 na atmosfera. E emissões de CO2, claro, podem ser interpretadas como efeitos colaterais diretos da produção e consumo do petróleo e seus derivados. Com isso, o caminho está aberto para a renovação da indústria de produção de energia, com fontes mais sustentáveis e menos dependentes dos combustíveis fósseis.

 

A longo prazo, essa renovação, se vier a acontecer da forma como alguns entendidos do assunto estão prevendo, pode ser responsável pela criação de muitos novos empregos. A curto prazo, no entanto, resta ao Canadá esperar a turbulência passar e reconstruir seus alicerces.

 

 

Não é nenhum segredo que o Canadá oferece planos de saúde governamentais para seus cidadãos e residentes permanentes. O que muitas vezes não fica claro é a cobertura desses planos: que tipos de serviços estão inclusos? Quem tem direito? O que é preciso fazer para se inscrever?

No texto de hoje vamos falar um pouco sobre todos esses aspectos.

De acordo com o site oficial do governo canadense, o país conta com um plano de saúde universal, o qual os cidadãos e residentes permanentes não precisam pagar, já que os custos do sistema são cobertos pelos impostos que a população paga no dia a dia.

Como o Canadá possui um sistema de governo em que cada província possui autonomia relativa às suas próprias decisões, e sendo os planos de saúde administrados por cada província para seus cidadãos e residentes permanentes, cada província pode oferecer uma cobertura ligeiramente diferente da outra, o que faz com que seja necessário pesquisar a fundo cada tipo de plano. Além disso, se cidadãos ou residentes de uma província buscam tratamento médico em outra província, pode ser cobrada uma taxa.

Em BC, o Medical Services Plan cobre serviços médicos necessários confome recomendados pelo médico ou outro profissional da saúde que realiza o atendimento do paciente. Em BC, residentes devem contribuir com uma quantia mensal para terem acesso ao plano, sendo que essa quantia é calculada com base na quantidade de pessoas por família e na renda familiar, de acordo com esta tabela.

 

Elegibilidade

 

Para residentes da província, de acordo com o Medicare Protection Act, a participação no plano é obrigatória, tanto para o residente em si quanto para seus dependentes. Um residente é uma pessoa que mora em BC, sendo cidadão ou residente permanente, e que está fisicamente presente na província durante 6 meses no ano. São considerados dependentes: cônjuge e filhos.

O cônjuge deve também ser cidadão canadense ou residente permanente, devendo morar junto com o aplicante principal. Filhos devem ser economicamente dependentes dos pais, com idade de 18 anos ou menos, ou então com idade entre 19 e 24 anos, desde que estejam estudando em tempo integral.

Por fim, se o cônjuge ou os filhos ainda não forem residentes permanentes, desde que tenham aplicado para residência permanente (e desde que o processo esteja ativo junto ao órgão do governo canadense), serão considerados elegíveis para serem dependentes e receberem os benefícios do MSP juntamente com o aplicante principal.

No caso de pessoas que possuam visto de estudos ou de trabalho e que não se encaixam na categoria de residentes permanentes, podem ser elegíveis em circunstâncias especiais, ou seja, caso seus permits sejam válidos por 6 meses ou mais.

Visitantes (turistas) não têm direito a cobertura pelo MSP. É recomendado, no entanto, que possuam um seguro de viagem, que pode cobrir eventuais emergências médicas, como acidentes, por exemplo.

 

Cobertura

 

 

Os serviços que são cobertos pelo MSP incluem atendimentos médicos que são considerados necessários, fornecidos por médicos ou parteiras (midwives), cirurgias odontológicas realizadas em hospital, exames oftalmológicos, se necessários, e alguns serviços de ortodontia. Além disso, o MSP também cobre exames diagnósticos, incluindo raios X.

Em suma, existem dois tipos diferentes de serviços de saúde cobertos pelo MSP: os serviços médicos e os serviços de saúde adicionais. Vamos ver mais a fundo:

Os serviços médicos incluem:

Alguns serviços de saúde adicionais, tais como acupuntura, quiropraxia, massoterapia, naturopatia, fisioterapia e podologia não cirúrgica, podem ser cobertos pelo MSP em condições especiais, para pacientes que se encaixam em pelo menos uma condição pré-estabelecida, por exemplo, residentes de instituições que fornecem cuidados de longa duração (long-term care facilities). É possível verificar aqui as categorias de pacientes que têm direito a esses benefícios adicionais, para os quais o plano de saúde irá cobrir CAD$23 por consulta, sendo permitido um total de 10 visitas ao ano.

Exames oftalmológicos são cobertos, desde que sejam medicamente necessários (como no caso de acidentes ou doenças que possam causar dano à saúde dos olhos, como diabetes). Para pacientes de até 18 anos de idade, e também para pacientes acima dos 65 anos de idade, exames de rotina são permitidos.

Você pode checar no link a seguir os serviços que não são cobertos pelo MSP.

Para ambulâncias, embora o serviço não seja coberto inteiramente pelo MSP, o valor total do serviço pode ser reduzido para quem possui o plano da província, de acordo com o BC Emergency Health Services.

O PharmaCare é um conjunto de planos especiais que cobrem vários medicamentos e aparelhos médicos que sejam prescritos por um profissional da saúde como medicamente necessários. Esses planos são recomendados (mas não obrigatórios) para os residentes de BC, sendo que o mais popular dentre eles é o Fair PharmaCare, baseado na renda familiar.

Em BC, alguns empregadores oferecem aos funcionários planos de saúde particulares, que fazem parte dos benefícios oferecidos pela empresa. Não é uma regra, no entanto, e cada empregador é livre para escolher o plano e a cobertura que deseja oferecer. Esses planos de saúde empresariais não excluem a necessidade do MSP, que é obrigatório para todos os residentes de BC. São, no entanto, considerados um benefício adicional que a pessoa pode ter. É muito importante checar com a empresa a respeito da cobertura do plano em questão, pois alguns podem cobrir vários serviços adicionais (incluindo medicamentos prescritos pelo médico) que o MSP não necessariamente cobre.

 

Cobertura do MSP fora de BC

 

Para residentes de BC que estão fora do Canadá (ou em Québec), desde que sejam considerados elegíveis, o MSP pode reembolsar gastos médicos (com apresentação de documentos comprobatórios), desde que sejam referentes a atendimentos medicamente necessários realizados por médicos licenciados, e que normalmente seriam cobertos pelo MSP caso o paciente estivesse em BC. No entanto, o MSP cobrirá somente o valor que for compatível com o que os mesmos serviços médicos custariam em BC, sendo que qualquer valor acima disso que for cobrado em outra província ou outro país deverá ser pago pelo próprio paciente.

Caso o paciente precise de cuidados médicos de emergência enquanto visita outra província no Canadá, a maioria dos médicos em todas as províncias (exceto Québec) tem como prática contatar as autoridades de saúde da província onde praticam, desde que o paciente apresente o seu BC Services Card. As províncias então se responsabilizam por realizar a troca dos fundos referentes ao tratamento em questão.

Mesmo com esses potenciais benefícios, é fortemente recomendado pelas autoridades de BC que viajantes que pretendam visitar outras províncias ou países façam um seguro de saúde para cobrir eventuais gastos que não estejam presentes em acordos interprovinciais.

 

 

A TPP, sigla para Trans-Pacific Partnership, ou, em português, Parceria Transpacífico, é um acordo de livre comércio realizado entre 12 países1 da região conhecida como Pacific Rim (países que são banhados pelo oceano Pacífico).

 

Com a ideia central de promoção de crescimento econômico para todos os países envolvidos, incluindo, com isso, a criação e retenção de empregos, inovação tecnológica e elevação dos padrões de vida, dentre outros benefícios, a TPP foi assinada na Nova Zelândia no dia 4 de fevereiro de 2016, estando o Canadá representado pela ministra do comércio Chrystia Freeland. O projeto, ainda não ratificado e, portanto, ainda não em vigor, conta com muitas críticas e protestos realizados principalmente por especialistas em saúde, ambientalistas, sindicatos diversos e mesmo políticos.

 

É importante notar que as negocioações se estendem já por mais de cinco anos entre os países envolvidos, tendo sido mantidas “em segredo” pela maior parte desse tempo. O documento original do tratado, onde podem ser encontradas todas as cláusulas, é bastante extenso, contando também com cláusulas e cartas adicionais, fazendo com que a leitura pelo cidadão comum seja dificultada. Muitas especulações estão sendo realizadas, tanto por partidários do projeto quanto por críticos, mas é preciso ter em mente que, até o momento, não existe um consenso a respeito dos reais benefícios e riscos impostos pela TPP.

 

De acordo com matéria publicada no dia 4 de fevereiro pela CBC News, a TPP é considerada como sendo o mais amplo acordo de livre comércio já feito. O pacto, assinado por 12 países da região do Pacific Rim, representa um acordo sobre 40% da economia mundial total. No Canadá, um dos críticos mais fervorosos a respeito das negociações é o ex-CEO adjunto da Blackberry, Jim Balsillie. Para Jim, a assinatura da TPP representa, para o Canadá, a pior jogada em termos de política externa de todos os tempos.

 

De acordo com Jim, a TPP faz com que as desvantagens competitivas do Canadá quanto à economia da inovação sejam bloqueadas indefinidamente, uma vez que o país não contou com nenhuma estratégia de inovação, segundo termo utilizado pelo ex-CEO, durante os últimos 40 anos.

 

A chamada economia da inovação, ou economia do conhecimento, segundo Jim, parte do princípio de que a maneira de se conseguir prosperidade no século 21 é através de bens não trangíveis, ou seja, conhecimento e ideias. Para ele, o Canadá não possui um sistema que funcione de acordo com esse princípio, permitindo que o país enriqueça através do conhecimento - propriedade intelectual -, e esse seria o principal ponto negativo do novo acordo, que passa então a favorecer países cujos sistemas de governo já contam com tradições específicas para isso, criadas nas últimas décadas. De acordo com essas ideias, o Canadá baseia sua economia fundamentalmente em bens tangíveis, em recursos de uma economia tradicional.

 

Essa questão, claro, levanta a seguinte pergunta: qual será o impacto da TPP sobre a criação e a manutenção de empregos, e terá algum peso sobre as políticas de imigração?

 

De acordo com este artigo publicado pelo jornal The Globe and Mail, o fato de a TPP levar em conta países menos favorecidos economicamente, tais como o Vietnã, pode significar uma diminuição no número de vagas de trabalho nos países mais desenvolvidos, como o Canadá, por exemplo, já que a mão de obra poderia em teoria ser deslocada para esses outros países por motivo de redução de custos, tendo os trabalhadores uma menor proteção contra a exploração no trabalho. Por outro lado, existem artigos no acordo que explicitamente impedem o trabalho infantil e enfatizam a importância da proteção dos direitos dos trabalhadores.

 

Quanto aos consumidores, o novo acordo poderá permitir uma diminuição nos preços atuais dos bens de consumo, como veículos, por exemplo, devido à redução das tarifas de importação e também devido à redução da porcentagem de partes automotivas que devem ter fabricação local (a NAFTA exige que 62.5% das partes automotivas sejam provenientes da América do Norte, enquanto que a TPP exigiria o mesmo para apenas 45% da partes, para o Canadá).

 

 

Quanto aos exportadores canadenses, estes contarão com redução de tarifas de exportação também, podendo ganhar vantagens competitivas em relação a empresas de países que não fazem parte do acordo. Com isso, a exportação de produtos canadenses pode aumentar, criando uma vantagem econômica em si, possivelmente gerando mais empregos e salários, e principalmente inserindo o Canadá com maior ênfase no mercado asiático através do Japão. Quanto a negociações no comércio internacional, os aliados da TPP podem oferecer benefícios mútuos na resolução de eventuais disputas, principalmente com grandes economias ao redor do mundo.

 

Segundo um artigo publicado no dia 10 de fevereiro pelo jornal The Huffington Post, a diminuição das exigências a respeito da origem de partes automotivas, por exemplo, pode significar uma ameaça para 20.000 empregos no setor automotivo. O acordo também faria com que ficasse mais fácil para as empresas relocarem seus funcionários entre os países que são alvo do acordo. Essas empresas, em teoria, não se preocupariam com certificações e demais regras de trabalho para o cargo do funcionário em questão, enquanto que os trabalhadores estrangeiros em si continuariam a ter seu caminho bloqueado para uma cidadania. No entanto, ainda não foram divulgadas maiores informações a respeito do peso que (e se) a TPP poderia ter nas políticas de imigração.

 

Segundo artigo publicado pelo jornal National Post, em 4 de fevereiro, uma pesquisa realizada pelo Angus Reid Institute revela que falta clareza entre os canadenses a respeito dos detalhes da TPP, sendo que cerca de metade dos cidadãos confessam não possuir informações suficientes a respeito do acordo a fim de poderem emitir uma opinião a respeito. Ainda assim, a pesquisa afirma que os canadenses consideram que a TPP terá um impacto positivo no país.

 

Com tudo isso levado em consideração, as negociações da TPP ainda não foram ratificadas pelo Canadá. A ministra do comércio Chrystia Freeland informou, quando da assinatura da TPP, que tal assinatura foi mera formalidade, necessária antes que o acordo possa ser levado para o Parlamento para debate. Também é preciso lembrar que as negociações originais a respeito da TPP foram feitas ainda sob Stephen Harper, como lembra este artigo, e cabe agora ao governo de Justin Trudeau avaliar a viabilidade da rartificação, através de debates na Câmara dos Comuns.

 

1Singapura, Brunei, Nova Zelândia, Chile, Estados Unidos, Austrália, Peru, Vietnã, Malásia, México, Canadá e Japão.

 

 

Tomar medicamentos faz parte da nossa rotina, de certa forma. De remédios para dor até antibióticos, os brasileiros tomam com bastante regularidade uma série de remédios para os mais diversos males, tais como diabetes, pressão alta, hipo ou hipertireoidismo, e não podemos esquecer da pílula anticoncepcional.

A dúvida é: como levar medicamentos de uso contínuo para o Canadá? Sobre os medicamentos comuns, de venda livre: compensa levar do Brasil ou é possível encontrar facilmente no Canadá?

Em primeito lugar, é muito importante lembrar que alguns medicamentos e princípios ativos são de venda proibida no Canadá, como é o caso da nossa famosa Neosaldina, que contém dipirona, um composto considerado tóxico a longo prazo pelas autoridades farmacêuticas canadenses. Outro fator importante a ser levado em consideração é a questão de que alguns medicamentos que são de venda livre no Brasil, como, por exemplo, alguns tipos de hormônios (anticoncepcional e medicamentos para hipotireoidismo) são de venda controlada no Canadá e precisam de receita.

Por último, um terceiro fator muito importante é que alguns medicamentos simplesmente são diferentes (novamente, alguns tipos de pílula anticoncepcional), o que faz com que nem sempre o paciente encontre aqui o medicamento com o qual estava acostumado no Brasil.

 

Medicamentos de uso controlado

 

Se você toma medicamentos de uso contínuo, mesmo que não sejam controlados (com retenção de receita médica) no Brasil, é preciso pedir para o seu médico uma receita que explique o motivo da necessidade daquele medicamento, o nome comercial e o nome dos princípios ativos, assim como a quantidade receitada para que o paciente leve em viagem. Se possível, é recomendado que o paciente leve consigo a receita original, em português, e também uma tradução, ou, caso o médico fale inglês, uma receita escrita pelo próprio médico, em inglês.

Como estabelece o governo do Canadá, é permitido para quem entra no país trazer consigo medicamentos que já esteja utilizando, mas somente em quantidade suficiente para durar até o final do tratamento ou então em quantidade suficiente para durar até 90 dias, o que for menor. Isso vale tanto para residentes temporários (turistas, estudantes e trabalhadores) quanto para residentes permanentes que já estejam em curso de tratamento.

O medicamento em questão deve ser destinado para uso da pessoa que o leva consigo, ou então a um menor de idade que está sob responsabilidade daquela pessoa. Sendo assim, não é permitido trazer para o Canadá remédios controlados que sejam destinados a outras pessoas. Além disso, o medicamento deve estar em sua embalagem original, para que o oficial da imigração possa, caso necessário, identificar o que é e para que é recomendado.

É possível enviar medicamentos pelo correio para pessoas que estejam morando no Canadá em caráter temporário. Estamos falando de turistas, estudantes e trabalhadores temporários. Essas pessoas podem receber medicamentos pelo correio que estejam em caixas originais, lacrados, acompanhados de documentação que indique serem destinados à pessoa em questão. A pessoa, por sua vez, no momento do recebimento do medicamento, deverá fornecer documentos que comprovem o seu status legal no país: carimbos no passaporte, work permit, study permit.

No caso de residentes permanentes ou cidadãos canadenses, não é permitido que recebam medicamentos de outros países pelo correio. Isso porque tanto residentes permanentes quanto cidadãos têm fácil acesso a consultas médicas no Canadá através dos planos de saúde dos governos das províncias, não possuindo justificativa para importar medicamentos.

Medicamento no Canada

Medicamentos de venda livre

 

Os medicamentos de venda livre aqui no Canadá podem ser conseguidos muito facilmente em farmácias e supermercados, e estão disponíveis em prateleiras como qualquer outro produto. Não é preciso falar com um farmacêutico para comprá-los.

Estamos falando de suplementos vitamínicos, remédios comuns para dor, alguns remédios para gripe e tosse, alguns tipos de colírios, além de remédios para indigestão e alguns tipos de pomadas cicatrizantes. Alguns desses medicamentos possuem o mesmo nome comercial que é usado no Brasil e são fáceis de reconhecer. Quando isso não acontece, é possível perguntar ao farmacêutico de plantão qual seria o medicamento recomendado para o tipo de sintoma que a pessoa está sentindo, e o profissional poderá auxiliar com a escolha do medicamento sem problema algum.

Esses medicamentos não são caros, embora os preços possam variar bastate de farmácia para farmácia. Assim como no Brasil, no Canadá também existem remédios de marcas conhecidas e remédios genéricos, que tendem a ser mais baratos.

Caso a pessoa deseje levar medicamentos de venda livre na mala, as regras a serem observadas serão as mesmas para os medicamentos controlados, mas sem a necessidade da receita médica. O medicamento deve ser suficiente para o término do tratamento ou para 90 dias, o que for menor, e deve estar em sua embalagem original.

 

Residentes permanentes

 

Como esclarecemos acima, residentes permanentes e cidadãos podem trazer medicamentos para o Canadá quando voltam após uma viagem para outro país, mas somente se já tiverem iniciado o tratamento no país que foram visitar. Caso sejam medicamentos controlados, precisarão de receita médica, sempre respeitando a quantidade máxima permitida: 90 dias ou o suficiente para um curso de tratamento, o que for menor.

Residentes permanentes devem se inscrever no plano de saúde fornecido pelo governo da província onde moram. Esse plano permitirá que realizem consultas médicas, em que poderão pedir um check-up de qualquer condição que possuam, além de uma receita médica para adquirir os medicamentos necessários para o tratamento.

Essas consultas são gratuitas, e alguns empregadores fornecem planos de benefícios adicionais que podem também cobrir parte do valor dos medicamentos necessários.

Para mulheres que utilizam pílulas anticoncepcionais, é válido lembrar que algumas marcas que existem no Brasil não são vendidas no Canadá, e vice-versa. Por isso, é bom se informar a respeito com o seu médico já no Brasil, e considerar a possibilidade de precisar realizar a troca para uma outra marca quando chegar no Canadá. Pílulas anticoncepcionais precisam de receita médica.

No Canadá existem walk-in clinics, clínicas que não exigem agendamento de horário, o que dá ao paciente a liberdade de ir ao médico quando for conveniente. Nesse caso, é comum que seja preciso esperar pelo atendimento. É preciso verificar se a clínica que você pretende ir aceita walk-ins, pois isso não é uma regra geral.

Para encontrar no Canadá os medicamentos que sejam equivalentes aos medicamentos brasileiros com os quais você está acostumado, basta conversar com um médico ou um farmacêutico, mencionando também os princípios ativos dos medicamentos em questão, lembrando que a automedicação é fortemente desaconselhada.

 

 

Quando os brasileiros chegam no Canadá, como turistas, estudantes ou com a recém-conquistada residência permanente, é normal sentirem um certo nervosismo com relação ao custo dos produtos do dia a dia.

Parte desse nervosismo é devido à conversão que é comum fazermos mentalmente entre o dólar canadense e o real, já que durante toda a nossa vida estávamos acostumados a ganhar e a gastar em reais. Essa conversão, no entanto, deve ser muito cuidadosa. O motivo? Os preços aqui são calculados com base nos salários em dólares. Para termos uma base, o salário mínimo no Brasil está hoje em R$ 880.00 por mês (equivalente a aproximadamente CAD$ 308.10), enquanto que o salário mínimo no Canadá (embora seja levemente diferente de província para província) segue próximo a CAD$ 1680.00 por mês, para um trabalho em tempo integral. Assim, podemos rapidamente chegar à conclusão de que um produto que custa CAD$ 5 é mais barato para uma pessoa que ganha salário mínimo no Canadá do que é, no Brasil, um produto que custa R$ 5 para uma pessoa que ganha salário mínimo por lá.

Mas a questão da diferença do poder de compra não acaba por aí.

O texto de hoje é destinado a quem está interessado em economizar com os produtos do dia a dia aqui no Canadá! Vamos lá!

 

Produtos e utensílios 

 

Quem já veio para o Canadá com certeza já visitou ou já passou pela frente de uma Dollarama. A dollar store canadense é famosa por agradar todos os tipos de consumidores com a sua seleção de produtos. Desde produtos de higiene até utensílios de cozinha, passando por itens como vestuário, brinquedos para pets, papelaria e até mesmo alimentação, a Dollarama conta com produtos das mais diversas marcas, todos com preços muito atraentes, custando no máximo CAD$3.00, como afirma a própria loja.

Embora seja uma loja muito em conta e tenha vários tipos de produtos, a qualidade de alguns produtos pode deixar a desejar, como é o caso, por exemplo, de itens de decoração e de artigos de papelaria. Você não vai encontrar cadernos elaborados ou Moleskines, por exemplo, nem vasos que lembram arte contemporânea como se esperaria de uma loja especializada no assunto. No entanto, se o que você procura é um caderno para as tarefas de casa ou então um pote para os biscoitos, a Dollarama pode ser o lugar certo. Vale a pena conferir!

 

Móveis e itens para casa

 

Quem é familiarizado com a cultura da América do Norte provavelmente já ouviu falar na Ikea. Fundada na Suécia em 1943, a marca hoje conta com 328 lojas em 28 países ao redor do mundo. A Ikea é conhecida princialmente por ser uma loja de móveis especialmente fabricados para que os próprios consumidores montem em suas casas, eliminando – ou diminuindo – a necessidade de caminhões de mudança e de contratação de pessoal especializado em transporte e montagem.

O que muita gente não sabe, no entanto, é que a Ikea também conta com itens de decoração e todo tipo de produtos e acessórios para casa, desde louças, panelas e talheres até cortinas para banheira, toalhas de banho, travesseiros e cobertores. Tudo a preços que são muito em conta.

A Ikea conta com uma seleção de produtos completa, nos mais diversos estilos e, claro, com os mais diversos preços. Mas, como sempre, é só reservar um tempo e passear pela loja toda para encontrar produtos baratos e de qualidade:

- Cama
- Mesa
- Banho
- Decorações

A única desvatagem dessa loja é que, por ser muito grande, geralmente está localizada fora dos grandes centros, em regiões mais afastadas ou em cidades vizinhas, como é o caso da Ikea na região de Vancouver, que fica em Richmond (a mais próxima à região central da cidade). Nesse sentido, o transporte deve ser bem planejado, pois, dependendo dos itens que você pretender comprar, talvez seja necessário pegar um táxi para voltar, já que alguns produtos, embora sempre vendidos em embalagens especialmente planejadas para ocupar pouco espaço, são razoavelmente grandes e pesados para se levar dentro do metrô ou do ônibus, como é o caso das camas, por exemplo. Assim, sempre é bom planejar um valor a mais, ou, quem sabe, levar uma pessoa a mais para dividir a conta do táxi.

Outra questão para se levar em conta: muito provavelmente será preciso dar um pulinho na Canadian Tire mais próxima, para comprar chaves de fenda, chaves phillips e martelos. Uma fita métrica também pode vir a calhar. A Ikea fornece algumas ferramentas para a montagem dos itens, como parafusos e porcas, que vêm junto com o móvel que você comprar, mas chaves de fenda, por exemplo, não vêm inclusas no pacote.
Dependendo de quão jeitoso(a) você for com esse tipo de montagem, vale a pena passar também da Dollarama e comprar uma caixa de band-aids. Sabe como é, só por precaução.

 

Alimentação

 

Já ouviu falar na Costco? A Costco é uma loja que vende não só alimentos, mas também artigos de vestuário, decoração, e até mesmo livros e brinquedos. A parte de alimentação, no entanto, é o que tornou a loja muito famosa ao longo dos anos, e um destino muito apreciado por quem gosta de economizar.

Com um membership anual de cerca de CAD$50.00, que permite incluir dependentes, você tem acesso ilimitado a produtos que são vendidos em bulk, ou quantidade. Estamos falando de coisas como caixas de ovos que vêm com 30 unidades, ou então bandejas de peito de frango que vêm com quase 3 quilos.

Parece estranho à primeira vista, mas, comparado aos preços praticados em mercados menores que vendem quantidades menores, os preços da Costco são muito bons. Carnes podem ser divididas em porções menores e congeladas, e produtos como cereais matinais e café, por exemplo, podem ser guardados por bastante tempo. Além disso, o que muitas pessoas fazem por aqui é fazer compras junto com os amigos, e depois dividir a conta e também os produtos.

Um possível ponto negativo da Costco é que, como os produtos são sempre em grande quantidade, a loja não necessariamente conta com uma grande variedade de marcas e opções, o que pode ser percebido facilmente quanto procuramos por xampu e sabonetes, por exemplo. Ainda assim, as opções são de boa qualidade, com marcas como Pantene e Dove, por exemplo.

Um ponto que deve ser levado em conta é que, de forma parecida com o que ocorre com a Ikea, nem sempre é fácil carregar os produtos de volta para casa, dependendo da quantidade que você pretender comprar. Por isso, ir com amigos pode ser uma boa ideia, talvez até mesmo levando consigo as sacolas enormes que sobraram das compras na Ikea, já que a Costco normalmente não fornece sacolas, somente caixas de papelão.

 

 

Vestuário e calçados

 

A questão do vestuário sempre vem à tona quando fazemos as malas para viajar. Que tipo de roupas levar? E se for inverno, não tem tanto espaço na mala; quantas blusas? E os casacos? A boa notícia é que existem lojas bem em conta por aqui. Estamos falando de H&M, Forever 21, Winners, e, para sapatos, Payless Shoes.

A grande maioria dessas lojas conta com promoções e liquidações que entram em vigor durante o período de troca de coleções, assim como no Brasil. Nessas épocas, é possível, por exemplo, encontrar casacos de inverno nessas lojas por valores inferiores a CAD$50, quando o valor original para o mesmo produto seria algo entre CAD$100 e CAD$200.

A H&M é, no Canadá, o equivalente à C&A no Brasil. Conta com artigos de vestuário e acessórios, com preços bem em conta. A Forever 21, que já existe no Brasil, conta com uma ampla variedade de preços e estilos para todos os gostos. É uma loja bastante popular aqui no Canadá. A Winners é famosa por oferecer roupas e acessórios de grandes marcas por preços muito mais baratos do que nas lojas originais, geralmente com 20% até 60% de “desconto”, segundo a própria loja.

Para os calçados, quem não faz questão de usar sempre couro verdadeiro pode querer dar uma olhada na Payless Shoes. Com a maioria de seus sapatos na faixa dos CAD$15-40 (os preços podem variar de acordo com promoções), a loja dispõe de vários tamanhos, tanto masculinos quanto femininos, e também conta com uma coleção infantil.

Quando falamos de roupas de inverno rigoroso, como os invernos de Manitoba e os dias mais frios em Toronto, por exemplo, vale a pena investir em roupas especialmente desenvolvidas para manter o corpo aquecido, como é o caso das jaquetas de pluma de ganso.

 

Bônus: salão de beleza!

 

É fato que os salões de beleza do Canadá são diferentes e não contam com alguns dos serviços com que os brasileiros estão acostumados. Mesmo assim, para quem gosta de experimentar lugares novos, o Aveda Institute é uma boa ideia. É um salão-escola que tem como objetivo formar hairstylists. Todos os alunos são supervisionados de perto por professores que são, eles mesmos, hairstylists com anos de experiência, e os alunos só começam o seu treinamento com clientes quando passam por bastante tempo de prática em manequins. Assim, o salão garante seus resultados, oferecendo para os clientes uma tabela de preços que varia conforme a experiência do aluno.

Grupo 1
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