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Vida de cão

Vida de cão

30 de novembro de 2015

Eu já falei no primeiro post que meu Projeto Canadá levou 5 longos anos para ser concluído, lembram? Nesse meio tempo, muita coisa aconteceu: Eu me formei na faculdade, casei, comprei um cachorro... e aí começou a vir a pergunta: “com quem você vai deixar seu cãozinho quando for pro Canadá?”. Como assim, cara pálida? Vou deixar comigo mesmo, ora essa!

Sim, desde o começo nosso querido Yoshi estava incluído nos planos. Quem é mãe e pai de bichinho de estimação sabe quão difícil é deixá-los para trás. E se tem como mantê-los por perto, por que não?

Cao no Canada

O fato do Yoshi ser de porte pequeno foi uma bela ajuda. Ele é da raça Schnauzer Miniatura, pesa uns 7Kg, e apesar de não ser baixinho como um Maltês ou Yorkshire, consegui vir com ele na cabine do avião, dentro da malinha de transporte, pela Air Canada.

O que também ajudou foi o fato de ele estar acostumado a ser transportado na bolsa. Ele já tinha feito pequenas viagens de carro e até ônibus dessa forma, além de frequentemente embarcar no metrô dentro da malinha. Por isso, apesar de achar que ele até fosse ficar desconfortável no avião devido ao pouco espaço, eu sabia que ele não teria um ataque de pânico e iria se comportar. O danado não deu um latido sequer e veio dormindo todo o trajeto Rio – Toronto. Ah, e nem precisou de remédio, calmante ou floral!

Para entrar no Canadá com ele foi super fácil também: bastou apresentar a documentação no setor correspondente e tudo certo. Não teve quarentena nem interrogatório. Estando com as vacinas em dia e a autorização do Ministério da Agricultura do Brasil (o famoso CZI - Certificado ZoossanitárioInternacional), não tem problema.

Cachorro no Canada

Ah, uma dica esperta: o Aeroporto de Toronto tem três “pet zones”, áreas cercadas com grama onde você pode tirar o cachorro da bolsa de transporte pra ele andar e fazer xixi! É uma mão na roda pra quem está fazendo conexão! Ficam na área externa e são sinalizadas. Não são muito grandes, mas já servem para ele(a) se aliviar e esticar as patinhas.

Se ele estranhou isso tudo? Claro, né. Tivemos que pegar dois voos pra vir do Rio pra Edmonton, um total de 14 horas no avião. O bicho sem entender nada, confinado naquela caixa. Ele chegou agitado e sem querer comer. E quando seu cachorro, que come até pedra, recusa petisco, é porque não está bem. Fiquei preocupada, mas foi apenas um estresse pós-viagem mesmo. Dois dias depois ele já estava normal, comendo tudo que via pela frente e super a vontade na casa onde estávamos hospedados. Ufa!

Seis meses depois, o Yoshi está ótimo. Super adaptado e adorando os passeios. Edmonton é repleta de parques e áreas verdes, então não tem mesmo como não amar. Trocamos as ruas super movimentadas do Rio de Janeiro por um bairro super calmo em Edmonton, sem barulho e com a calçada quase toda só pra nós. Outra coisa bacana daqui são os dog parks, grandes áreas onde é permitido que seu cachorro ande sem guia. As áreas são demarcadas e geralmente ficam perto ou dentro de parques naturais, o que significa muita natureza, trilhas e diversão garantida. São dezenas de dog parks aqui na cidade! Ao menos em um você vai conseguir levar seu cãozinho.

E se tem uma coisa que eu admiro aqui é a preocupação do poder público com os animais domésticos. Além de punições de verdade para quem maltrata os bichinhos, é comum as cidades canadenses terem uma série de políticas públicas voltadas à eles. Por exemplo, em Edmonton você pode ter até três cachorros e seis gatos em casa, e todos devem ser registrados na prefeitura. Você paga uma taxa anual, que é mais barata no caso do animal ser castrado. Com isso, a cidade tenta manter um controle da população de animais domésticos, minimizando casos de abandono e canis clandestinos.

Nem tudo são flores, no entanto: tivemos certa dificuldade em achar algum lugar para morar por causa dele. Muitos locatários não aceitam bichos de estimação no imóvel, enquanto outros até aceitam, mas cobram mais caro por isso. Pagar a chamada “pet fee” é comum por aqui. Se trata de uma taxa – que pode ser mensal ou única – por cada animal que você colocar pra morar na casa. Essa taxa você paga ao dono do imóvel, e serve como uma garantia caso seu cachorro ou gato danifique alguma coisa. E não tem muito como fugir dela no fim das contas. Não é nada de outro mundo, mas é algo a mais para se colocar na ponta do lápis.

Cachorro no Canadá

Fora isso, a vida aqui a três está sendo muito boa sim, obrigada. Valeu a pena gastar um pouco na viagem para ter nosso filhote por perto – e ele também está aproveitando.

Eu sei que esse tema é super extenso, mas não dá pra falar tantos detalhes em um post só. Se você está sofrendo de ansiedade por causa desse assunto, fique à vontade para entrar em contato comigo. Já passei por isso e te entendo perfeitamente!

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