Grupo 1
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Com a situação política e econômica brasileira e a incerteza que assola o país, mais e mais pessoas pesquisam a respeito de imigrar para o Canadá e plantam o sonho de morar em um dos países com a melhor qualidade de vida do mundo. Porém, muita gente começa a pensar no plano quando já está com mais de 40 anos e as informações que circulam pela rede é que tudo fica mais complicado quando se trata de imigração depois dos 40. Pensando nisso, fizemos este artigo para tranquilizar os que querem realizar o sonho canadense: é possível sim imigrar com 40 anos ou mais.

E existem vários caminhos, mesmo quando se trata de ter mais anos de experiência. O que acontece é que recebemos diversas perguntas a respeito do assunto pois vários programas de imigração levam em consideração a idade do candidato, incluindo o federal Express Entry (EE), que tem em seu Comprehensive Ranking System (CRS) critérios para pontuação no quesito: entre 20 e 29 anos o aplicante tem a pontuação máxima atribuída ao fator age, que é de 100 pontos. Já com 30, a pontuação cai gradativamente até zerar, na idade de 45 anos, como mostra a tabela abaixo.

imigrar para o canada

*O Canadá foi eleito, pelo quarto ano consecutivo, o local com a melhor qualidade de vida do mundo. Clique aqui e acesse o artigo completo que escrevemos sobre o assunto.

O que muitos não percebem é que, além do EE, existem dezenas de outras maneiras de imigrar (clique aqui e veja as mais de 50 formas de ir morar no Canadá por meio de um de seus processos). Para saber se uma delas se encaixa no seu perfil, é imprescindível que seja feita uma análise por um especialista em uma consulta de imigração. A Immi Canada oferece este serviço e também toda a assessoria durante o processo. Acesse www.immi-canada.com/consultoria-de-imigracao-para-canada/ ou mande um email para contact@immi-canada.com.

Prova disso foi a processo bem-sucedido de um dos nossos clientes, Paulo Sérgio Jacob, que imigrou através dos estudos com 48 anos e levou a família. Ele já está há três anos morando em Vancouver, já é residente permanente e contou um pouco da história do seu processo de imigração. Confira abaixo a entrevista na íntegra.

*Escrevemos um artigo completo respondendo dúvidas frequentes sobre estudar em terras canadenses. Para acessar a primeira parte clique neste link e a segunda etapa você encontra aqui.

Immi Canada (IC): Primeiro, qual é a sua idade agora e com quantos anos você chegou ao Canadá?

Paulo Sérgio Jacob (PSJ): Tenho 51 anos e cheguei ao país com 48. No Brasil nós morávamos em São Paulo e agora, eu e minha família, moramos em Vancouver há três anos.

IC: Qual era sua área de atuação profissional no Brasil e qual é a atual?

PSJ: Lá eu trabalhava na área de consultoria de uma grande empresa americana da área de informática, no setor de tecnologia e projetos. Também trabalho com tecnologia da informação (TI) no Canadá, que ao meu ver, juntamente com turismo, é uma área de muita demanda em Vancouver.

IC: Nos conte um pouco sobre como surgiu a ideia de imigrar.

PSJ: Tudo começou com um projeto de longo prazo, a partir do sonho de mudar de vida. Casei com minha esposa em 1995 e passamos a lua-de-mel no Canadá e nos apaixonamos pelo país. Um amigo que morava em Toronto na época nos convidou para um jantar e nos questionou porque não iniciávamos o processo para morar no território. Na época, ambos estávamos bem empregados e tínhamos acabado de casar. Até tentamos algum movimento dentro das próprias empresas onde trabalhávamos, mas não deu certo. Porém o plano ficou latente e na nossa cabeça, então sempre acompanhamos as notícias e nos informamos a respeito.

Nós tivemos filhos e a vida seguiu, além de algumas outras questões familiares que nos obrigavam a ficar. Entre 2013 e 2014, os filhos já estavam maiores, com 16 e 13 anos, e toda a situação política e econômica do país acabaram pesando e fizeram com que colocássemos nossos planos em prática. Se não fosse naquele momento podíamos não ir mais.

para o Canada

IC: Como foi o processo?

PSJ: Já estávamos estudando e pesquisando a região e já havíamos ido passar férias em algumas cidades do país. A partir daí começamos a procurar formas de imigrar, mandamos o meu filho para um intercâmbio em Ottawa. Passado o ano de intercâmbio, com o auxílio e assessoria da 3RA Intercâmbio, fomos para o Canadá e nos juntamos ao meu filho. Ele não gostaria de ficar na cidade devido ao frio, por isso optamos por Vancouver, além de outros atrativos da cidade como natureza, opções de lazer, esportes, que são fatores importantes para nós, que residíamos em uma metrópole como São Paulo.

Vancouver também possui diversas oportunidades e demandas na área de TI. Eu vim fazer mestrado e minha esposa estava com visto para trabalho. Quatro meses após a nossa chegada, minha esposa, que também trabalha com TI, conseguiu se recolocar na profissão. Na época eu estava com 48 anos e ela com 44. Fiz um programa de mestrado de dois anos, que dava o direito do Post-Graduation Work Permit (PGWP), o que possibilitava mais três anos de visto de trabalho. No meio do caminho já conseguimos aplicar para o programa provincial de British Columbia, após um ano de trabalho da minha esposa. Tínhamos problema no EE na pontuação com a questão de idade, porém a profissão e a proficiência no inglês ajudaram. A empresa onde minha esposa trabalha fez uma declaração, confirmando que ela tinha uma oferta de trabalho dentro da National Occupational Classification (NOC). E depois de um ano da aplicação para o provincial, recebemos o cartão de Permanent Resident (PR).

IC: Quais foram os atrativos e vantagens de mudar de país?

PSJ: Começamos com um sonho, mas o Canadá abre muitas portas e imigrar estudando te dá uma série de possibilidades. Você volta um pouco na sua carreira, dá alguns passos para trás, mas faz parte do sonho. Meus filhos também adquiriram o direito de estudar no sistema público canadense, o que é um gasto absurdo no Brasil e aqui é gratuito, com um sistema de ensino e uma estrutura de qualidade incomparáveis. Outra vantagem é que aqui não nos preocupamos com saúde e segurança, como acontece no Brasil, onde temos que arcar com uma série de custos como condomínio, planos de saúde, seguros e outros gastos para ter um mínimo de tranquilidade. Os atrativos que divulgam a respeito do Canadá são realmente verdadeiros.

IC: Quais são as dicas que você dá para quem está no processo de imigração?

PSJ: O primeiro ponto é buscar ter um bom inglês. O Canadá é um país multicultural onde quase não existe preconceito com pessoas de outras nacionalidades. As pessoas que trabalham comigo, por exemplo, quase todos têm um pai ou avô que veio de fora, quando a próprio não é estrangeiro. Trabalho com indianos, muitos orientais, brasileiros, ingleses, australianos, paquistaneses, iranianos. O local é cosmopolita e multicultural, em todos os âmbitos da sociedade.

Também aconselho a quem tem já está avançado no processo, buscar interagir e fazer networking, por isso também se faz extremamente necessário o domínio da língua. Uma rede de contatos profissionais te ajuda muito, pois você consegue saber das oportunidades. Os próprios brasileiros também ajudam, a universidade ajuda bastante. E fazer voluntariado também é de grande valia, pois além de vivenciar a cultura local ajuda a criar uma rede de conhecidos. Nós fomos com várias possibilidades e durante o percurso e com base nos acontecimentos do caminho fomos, aos poucos, moldando o nosso processo. Quando estamos em um casal, vamos nos adaptando.

Outro ponto crucial que todos precisam para imigrar é planejamento financeiro. Principalmente para poder se sustentar no período em que você ainda não estará estabilizado financeiramente, o que geralmente acontece no primeiro ano. Porém, mesmo pagando em dólares canadenses você consegue ter um custo de vida menor, por não ter despesas com escola, segurança e saúde, por exemplo. Organização das finanças é fundamental para o plano ter êxito. O primeiro ano é o mais crítico, o segundo é intermediário e no terceiro as coisas já ficam equilibradas.

para o Canada

IC: Vocês tiveram alguma dificuldade no processo de adaptação no país? Quais foram elas?

PSJ: Não tivemos uma dificuldade com adaptação, nossos filhos logo fizeram amizades na escola. Um pouco da saudade dos familiares que ficaram no Brasil se mata com a tecnologia, também lá por vezes as pessoas mudam de cidade e tem de refazer os amigos, por isso não podemos ficar muito presos a isso. Embora seja muito mais frio que no Brasil, o clima não foi uma dificuldade.

IC: Qual foi a importância de ter um auxílio profissional durante todo o processo?

PSJ: Eu acho que o auxílio de um profissional faz parte de um investimento. Eu penso que é valor que você paga para a Immi Canada é até baixo se você pensar em tudo o que envolve o trabalho e que é uma mudança completa de vida. A Immi é uma das primeiras do mercado, com muita experiência em todos os processos de imigração. A Celina Hui tem uma expertise que te corta tempo e caminho e, além disso, economiza dinheiro. Isso não quer dizer que ela tem a chave do paraíso, mas ela sabe do processo, além de ter um vasto conhecimento dos programas possíveis de acordo com cada perfil. Além disso, são extremamente francos e a Celina é muito transparente e precisa no que é necessário para o sonho se tornar realidade e ela vai direto ao ponto. A Immi consegue economizar tempo. Imigrar não é um tutorial que você consegue ver um vídeo no YouTube e sair fazendo. A consultoria para mim foi fundamental e a forma, transparência e objetividade que a Immi possui são excepcionais.

Fabíola Cottet

Localizada na costa oeste canadense, a província de British Columbia é a terceira maior do país em área e, coincidentemente, também em população, chegando a aproximadamente 948 mil quilômetros quadrados, perdendo somente para Ontario e Quebec. Ao contrário do que a maioria pensa, a capital do território é a cidade de Victoria e não Vancouver. Muitos dos que decidem ir morar no Canadá escolhem BC como destino, por diversos motivos: a economia do local cresce, em média, 3% ao ano, existem várias empresas com demanda por profissionais, suas incríveis belezas naturais, dentre outros fatores.

Fato é que, assim como as outras províncias canadenses, BC também tem seu processo de imigração provincial, o British Columbia Provincial Nominee Program (BC PNP). Ele busca profissionais qualificados para atender à demanda do mercado de trabalho da região. O BC PNP oferece três maneiras diferentes de se tornar residente na província, cada um dos caminhos é subdividido em categorias específicas.

Categorias do BC PNP

O primeiro deles é o Skills Immigration, que seleciona trabalhadores qualificados e semiqualificados (nomenclatura dada de acordo com a National Occupational Classifitcation – NOC), para suprir a demanda de mão de obra interna. Esta categoria usa um sistema de convite baseado em pontos, envolvendo uma aplicação online para o programa provincial e, posteriormente, envio postal para alcançar a residência permanente.

O governo de imigração provincial deixa claro que, para algumas categorias, pode não ser necessária a experiência de trabalho anterior. Já para os que possuem profissão dentro das qualificadas, os anos de trabalho podem ser fora do Canadá e, por fim, os candidatos da categoria entry-level e semiqualificada precisam provar experiência anterior dentro do território de BC. Os recém-formados na região podem não precisar comprovar que trabalharam anteriormente.

*Recentemente British Columbia lançou um novo pathway de imigração voltado aos empreendedores. Clique aqui e saiba mais.

Dentro do Skills Immigration, existem outras cinco subdivisões:

A segunda modalidade de imigração do território é o Express Entry BC. A região considera uma maneira mais rápida de obter a residência permanente e viver dentro de suas fronteiras. Primeiramente o candidato precisa possuir um perfil ativo e ser elegível ao programa federal do Express Entry (confira mais a respeito clicando aqui). Todo o procedimento é feito online e o aplicante não necessita, necessariamente, possuir experiência de trabalho anterior na província. Porém o mesmo deve ter trabalhado em uma profissão qualificada para o EE, além de outros requisitos como educação e idioma. Uma curiosidade é que, no ano passado, a região indicou 3.100 candidatos pelo sistema federal.

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Dentro do EE de BC, existem quatro subdivisões, confira abaixo quais são elas:

Por fim, o terceiro programa dentro do BC PNP é voltado aos empreendedores. Ele também é um sistema baseado em pontos e destinado a quem quer investir e gerir um negócio dentro das fronteiras de British Columbia. Para se qualificar, o interessado deve ter, no mínimo, um patrimônio pessoal de CAD$ 600 mil, demonstrar experiência de negócios ou gestão e ser elegível para residir no país. No que tange ao negócio, o candidato precisa abrir um ou adquirir uma empresa já existente, fazendo melhorias, investir pelo menos CAD$ 200 mil na companhia e, por fim, criar pelo menos um emprego full-time e permanente para um residente ou cidadão canadense.

Além disso, o processo voltado aos investidores demanda outras exigências e pagamentos de taxas. Para saber detalhes, acesse o site oficial do governo da província clicando aqui.

A província de British Columbia, assim como as outras regiões do Canadá, possui um sistema de imigração provincial complexo, com diversas subcategorias existentes dentro de divisões maiores. Cada uma delas possui exigências de comprovações financeiras, experiência de trabalho, requisitos de fluência no inglês, proximidade com o território, educação, dentre outras particularidades. Por isso, sempre alertamos da importância da consulta e acompanhamento de um profissional especialista em imigração. A Immi Canada oferece o serviço de consulta, que lhe mostra o melhor caminho para imigrar com base no seu perfil e de sua família. Somado a isso, quando a sua decisão é de aplicar para determinado processo, oferecemos a assessoria completa, reduzindo drasticamente a chance de erros e até de uma negativa no procedimento. Entre em contato conosco pelo site www.immi-canada.com/contato/ ou mande um email para contact@immi-canada.com.   

british columbia

*Confira bons motivos para escolher British Columbia acessando este link

Fonte: https://www.welcomebc.ca/Immigrate-to-B-C/B-C-Provincial-Nominee-Program/BC-PNP-pathways.

Fabíola Cottet

Quando falamos em processo de imigração para o Canadá, precisamos pensar em comprovar proficiência em uma das línguas oficiais do país: inglês ou francês. E não, você não necessita ter conhecimento nos dois idiomas para garantir a ida, porém se o seu objetivo é ser residente permanente, terá que apresentar um bom nível de fluência em, pelo menos, uma delas. Este nivelamento é mensurado pela Canadian Language Benchmark (CLB).

O CLB nada mais é do que um sistema de métricas canadense que tem o intuito de mensurar e validar o nível de conhecimento do inglês e francês em testes de proficiência aceitos pela imigração: Canadian English Proficiency Index Program (Celpip), International English Language Testing System (IELTS), ambos para o inglês e Test d’évaluation de français pour le Canada (TEF Canada), Teste de connaissance du français pour le Canada (TCF Canada)

Outros exames, testes e avaliações usam o CLB para medir a fluência no idioma do estrangeiro. Porém, para imigração, somente as modalidades “General Test” são válidas para a comprovação. Como muitos que pretendem imigrar vão com o objetivo de estudar no Canadá para conseguir mais pontos no pool do EE, a maioria das instituições de ensino exigem a modalidade “Academic” de cada um dos exames, tanto para o inglês quanto no francês, que não pode ser utilizada para fins migratórios. Então, caso o interessado estude e depois aplique para um processo de imigração, ele provavelmente terá de fazer os dois exames, em momentos distintos.

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*Veja como imigrar por meio dos estudos clicando aqui.

IMPORTANTE: algumas universidades e colleges possuem testes próprios de proficiência na língua, que o aluno pode fazer assim que chega no Canadá. Consulte essa opção com a instituição escolhida.

Além disso, para fins de obtenção de residência ou nomeação provincial, o teste em questão deve ter sido feito em um período de até, no máximo, dois anos antes da aplicação. Ou seja, você preenche o perfil no site do programa federal Express Entry, recebe a Invitation to Apply (ITA) e, após isso, envia sua aplicação. Seu exame de proficiência na língua deve estar válido neste momento.

*Saiba como imigrar para o Canadá pelo EE clicando aqui.

Importância da nota e como fazer a equivalência

Para se ter uma ideia do quão importante são os testes de nível de fluência, o Comprehensive Ranking System (CRS) do EE dá ao candidato até 150 pontos para aplicantes com cônjuge  e 160 para os sozinhos. Podem ser obtidos pontos adicionais caso o candidato apresente exames com bons níveis de francês, chegando ao máximo de 30 pontos e, ainda, somar mais 50 pontos na categoria de Skill Transferability factors, que combina os fatores educação e idioma.

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*Confira mais detalhes do IELTS acessando este link.

Com relação à nota que a imigração exige, ela varia para cada um dos programas de imigração. Todos os processos solicitam um dos exames para proficiência na língua, mas eles possuem uma exigência de nota diferente, de acordo com as regras de cada um. O Express Entry, por exemplo, administra três processos econômicos. Confira abaixo as exigências deles:

As pontuações variam e o mesmo acontece para outros processos, como os provinciais, pilotos, específicos para investidores, etc. Por isso o mais aconselhável é sempre pedir o auxílio de um profissional no processo e pesquisar muito. A Immi Canada oferece o serviço de consulta de imigração além de toda assessoria durante o procedimento. Acesse www.immi-canada.com/consulta/ ou mande um email para contact@immi-canada.com.

Para calcular o seu CLB é simples. Mas lembre-se, não é porque você tirou 8 no listening do IELTS que seu CLB será 8. Muitos confundem e acabam verificando a informação somente na hora de preencher o perfil no site. Confira abaixo as tabelas correspondentes ao teste e veja qual é seu CLB.

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Fonte das tabelas: Immigration, Refugees and Citizienship Canada.

Fontes: https://www.canada.ca/en/immigration-refugees-citizenship/corporate/publications-manuals/operational-bulletins-manuals/standard-requirements/language-requirements/test-equivalency-charts.html;

https://www.canada.ca/en/immigration-refugees-citizenship/services/immigrate-canada/express-entry/documents/language-requirements.html.

Fabíola Cottet

A província de Ontario, no Canadá, é o destino mais popular no país para imigrantes, inter cambistas e estudantes do mundo todo. Ela também á a região mais populosa, sendo que praticamente 40% de todos os canadenses vivem dentro de seus territórios. Quem inicia sua pesquisa para imigrar para terras do True North logo descobre que existem diversas maneiras de virar residente permanente. Dentre elas, além do federal Express Entry, imigrar através de um dos Provinvial Nominee Programs (PNP’s) é bastante popular entre os que escolhem o Canadá como destino.

As províncias canadenses são independentes no que diz respeito a diversas regras e leis e em seus programas de imigração provinciais não é diferente. Algumas linhas gerais são ditadas pelo governo federal, porém cada uma delas possui autonomia para gerir seu processo, que gira de acordo com as necessidades e demandas por mão de obra de cada região. Com Ontario não é diferente. O Ontario Immigrant Nominee Program (OINP) é o mais popular dos programas, visto que o território é um dos mais prósperos do país, o maior e faz divisa direta com os Estados Unidos (EUA).

*Veja como imigrar através dos vários processos provinciais clicando aqui.

Visão geral do OINP

O OINP possui algumas categorias e uma delas passa pelo funil do Express Entry. De maneira geral, o interessado pode se candidatar se é um trabalhador estrangeiro que cumpre os requisitos exigidos pela região, um estudante internacional, empresário ou empreendedor. O programa é operado pelo governo de Ontario em parceria com o federal, através do Immigration, Refugees and Citizienship Canada, sendo projetado para atender as necessidades do território no que diz respeito ao desenvolvimento econômico e mercado de trabalho.

Composto de três categorias principais, ele possui várias subdivisões dentro delas, que são: Employer Job Offer, Human Capital e Business.  Na primeira, o requisito principal é ter uma oferta de trabalho full-time e não temporária de um empregador de Ontario. A Employer Job Offer é dividida em três subcategorias:

  1. Foreign Worker Stream;
  2. International Student Stream;
  3. In-Demand Skills Stream.

A categoria chamada de Human Capital é dividida em duas: a International Graduate Stream e a Ontario’s Express Entry Stream. Para se classificar para a primeira, basicamente o aplicante precisa de um mestrado, doutorado ou PhD concluído em uma universidade elegível da província, além de candidatar-se até dois anos após obter seu diploma. Para o segundo fluxo, que passa pelo crivo do Express Entry, o candidato primeiro precisa ter um perfil ativo no pool do programa federal e depois receber uma Notification of Interest (NOI) da província de Ontario. Estas notificações são emitidas baseadas em exigências econômicas e de trabalho da região, que ainda são classificadas dentro de três categorias abaixo do stream do EE: French-Speaking Skilled Worker Stream, Human Capital Priorities Stream e Skilled Trades Stream.

provincia de ontario

*Para mais informações sobre o Ontario Express Entry Stream acesse este link.

Por fim, a Business Category se divide em duas. A primeira é nomeada Corporate Stream e destina-se à empresas que pretendem comprar ou expandir seus negócios na região ou adquirir uma companhia já existente na província. A segunda, chamada de Entrepreneur Stream é destinada a empreendedores que querem começar um negócio em Ontario ou assumir um já estabelecido.

Categoria mais procurada: International Student Stream

O foco principal deste artigo, além de dar um panorama geral a respeito dos processos de imigração de Ontario, é falar de um dos mais procurados da província, que é o International Student Stream. Recebemos diversas dúvidas a respeito deste programa, visto que muitos brasileiros realizam uma pós-graduação na região com a intenção de imigrar.

Primeiramente, as duas exigências principais para se candidatar são: ter concluído uma graduação, diploma ou pós-graduação em uma das instituições de ensino elegíveis (clique aqui e veja quais são elas) e ter uma oferta de trabalho, full-time e permanente, em uma ocupação qualificada na National Occupational Classification (NOC), como 0, A ou B.

Várias são as demandas de Ontario para que o aplicante seja elegível, e elas não são somente para o candidato, mas também para a oferta de emprego e empregador.

provincia de ontario

Para o aplicante

O curso finalizado, além de ser em uma das instituições elencadas acima, precisa ter sido concluído em até dois anos antes da data da aplicação. O diploma deve ter a carga horária de pelo menos dois anos, caso o estudante esteja matriculado em um curso full-time ou um ano, se o curso em questão exigir um diploma anterior de bacharelado como requisito de admissão.

Caso o trabalho do candidato exija alguma licença ou permissão especial no país, o aplicante deve possuir os documentos no momento da candidatura. A região também leva em consideração a real intenção de se estabelecer na província, como estar trabalhando dentro de suas fronteiras ou já ter trabalhado, busca por emprego comprovada antes da oferta, ter visitado, estudado, possuir propriedade ou laços familiares, dentre outros aspectos. E, por fim, o candidato deve ter status legal no Canadá quando aplicar de dentro do país.

Para o empregador

Para que a oferta de trabalho do candidato seja válida, a empresa que emite deve também estar dentro dos padrões exigidos. O primeiro deles é que a companhia precisa estar ativa há pelo menos três anos, antes de dar a job offer. Além disso, ela tem de ter sede ou filiais em Ontario e não possuir processos trabalhistas pendentes contra (de acordo com a lei trabalhista da região, que pode ser acessada clicando aqui).

O empregador também deve demonstrar alguns requisitos com relação ao ano fiscal anterior ao da aplicação, ou seja, caso o processo seja realizado em 2019, ele deverá comprovar as exigências para 2018. Se a companhia estiver localizada em Toronto e GTA (região metropolitana), deve apresentar um mínimo de um milhão de dólares canadenses em receita bruta anual e comprovação de que tem, em seu quadro de funcionários, pelo menos cinco trabalhadores que sejam residentes permanentes ou cidadãos canadenses, trabalhando em período integral. Caso a empresa seja fora da região de Toronto, a receita cai para CAD$ 500 mil e o número de colaboradores para três.

E, finalmente, o empregador deve preencher um formulário (que pode ser acessado neste link) que o aplicante deve submeter junto à sua aplicação.

Requisitos da job offer

Por fim, a oferta de emprego deve atender também à algumas exigências. Primeiramente ela deve ser full-time e permanente, com o mínimo de 30 horas de trabalho remunerado por semana para se enquadrar em período integral. Como dissemos, a posição que o candidato irá ocupar precisa estar dentro dos NOC’s 0, A ou B.

O salário deve ser compatível com a média da ocupação em questão e, caso o aplicante já esteja trabalhando na vaga, o pagamento ofertado deve ser igual ou maior ao que o colaborador já recebe. O local de trabalho principal deve ser em Ontario e a posição e atividades desenvolvidas devem estar alinhadas com o negócio do empregador.

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Para aplicar

Toda a aplicação para o processo é feita online. Portanto o departamento de imigração da província aconselha que, no momento do preenchimento, o candidato já esteja com todos os documentos comprobatórios e de apoio em mãos, para digitaliza-los e anexar ao processo. Segundo o site, leva-se em média três horas para concluir os formulários e indexar documentos, sendo que é possível parar o procedimento e retornar, com os dados salvos, em um prazo de até 14 dias. Após este tempo o registro é excluído, porém o aplicante pode criar um novo, se o fluxo de imigração estiver aceitando inscrições.

Com o perfil criado, a taxa para aplicação é de CAD$ 1.500,00, que deve ser paga por meio de um cartão de crédito das bandeiras Visa ou Mastercard. Esta quantia só será reembolsada se o departamento de imigração considerar a aplicação incompleta ou se o candidato retirar a inscrição do sistema antes de início do processamento. O valor não é devolvido se a aplicação for negada.

Por estes motivos citados, é aconselhável e necessário possuir um profissional representante na hora de realizar o processo. São diversos detalhes e o auxílio de uma consultoria diminui muito as chances de negativa. A Immi Canada fornece o apoio completo para a aplicação, coleta de documentos e assessoria junto ao departamento de imigração de Ontario.

Para saber mais sobre outros processos de imigração de Ontario fale com  nossa equipe.

Boa notícia para quem possui um animal de estimação e quer imigrar para o Canadá e levar o bichano: é mais fácil do que parece. Se levarmos em consideração as regras para transportar animais para países da Europa ou Austrália, por exemplo, o Canadá é um dos territórios menos rigorosos em suas exigências para a entrada de animais de estimação.

O país possui um Programa Nacional de Saúde Animal, regulado pela Canadian Food Inspection Agency (CFIA), que estabelece algumas regras para importação de animais e produtos de origem animal, sendo que as exigências aplicam-se para: entrada de animais de forma permanente no país, animais em trânsito no território e permanência temporária de bichos dentro de suas fronteiras.

Embora as regras sejam mais flexíveis, não quer dizer que é só entrar no avião e embarcar. Primeiramente, isto deve estar no seu planejamento desde o início, pois demanda tempo, custos e idas ao veterinário e aeroporto. Ademais, para quem pretende viver em terras canadenses, é interessante saber que, na maioria das províncias, os animais podem até andar no transporte público sem problemas, desde que estejam com guias. A cidade de Toronto, inclusive, já foi considerada uma das mais pet-friendly do mundo e a maioria dos canadenses ama os animais.

*Para saber mais sobre como começar seu planejamento para imigrar, acesse este link.

Abaixo elaboramos um passo a passo de como proceder no caso de viagem com os pets. As regras valem tanto para cães como para gatos. No final do artigo, caso você possua uma espécie diferente de animal de estimação, pode encontrar links específicos para mais informações. Além disso, temos uma entrevista exclusiva com a gerente da Immi Canada, Deborah Calazans, que levou sua bulldog francês Frida para morar no True North.

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Primeiro passo

Antes mesmo de comprar as passagens você tem de pesquisar e verificar com as companhias aéreas como irá funcionar o transporte do seu animalzinho, visto que cada uma das empresas estipula suas próprias normas e existe limite de animais por voo. Geralmente os com até 10 quilos podem ir na cabine, sem necessitarem de documentação adicional. De 11 a 32 quilos, que é o peso máximo, eles são despachados no compartimento de carga, em ambiente climatizado. É importante verificar as medidas da caixa ou bolsa que você vai levar o animal com a empresa.

“Levamos a Frida na cabine, ela é bulldog francesa, então por ser considerada braquicefálica (cachorros de fucinho achatado), não poderia viajar no compartimento de carga. Ela tem sete anos, é pequena, mas como todo bulldog é gordinho, então antes da viagem ela teve que emagrecer um pouquinho. Fiz a escolha da companhia aérea de acordo com a Frida. Acabei optando pela United Airlines, pois não tinha limite de peso, ela somente deveria caber na bolsa, com as dimensões estipuladas pela empresa. Nós mandamos fazer uma bolsa flexível para ela e dois meses antes de viajar fizemos a adaptação. Não tivemos nenhum problema, nem na imigração do Canadá e muito menos nos EUA, onde fizemos escala. Estávamos com todos os documentos exigidos então foi tudo bem tranquilo”, conta Deborah.

*Para cães braquicefálicos com mais de 10 quilos, o procedimento para viagem na cabine é possível, porém mais burocrático. Consulte sua companhia aérea e saiba mais informações.

Segundo passo

A segunda parte é relacionada às vacinas. O animal deve estar com a imunização em dia, especialmente no que diz respeito à antirrábica, visto que o Brasil não é considerado livre da doença. Ela é a principal vacina exigida pelo governo canadense, sem ela o seu animal de estimação não pode viajar. E a dose deve ter sido aplicada com pelo menos dois meses de antecedência a partida. Quando o veterinário realizar a aplização, peça a ele para ser o mais detalhista possível ao anotar na carteira de vacinação, colocando data, número de série, período de imunização e outros detalhes que achar necessário.

Após a vacina, também com o seu veterinário, deve ser feito o atestado de saúde do animal. Neste documento vão todas as características do pet, além de dados a respeito das vacinas. “Para o Canadá o cachorro tem que estar com a vacina da raiva em dia, a partir disso, pedimos para o veterinário da Frida fazer um atestado, falando que tudo está em dia, que não apresenta nenhum tipo de problema de saúde e etc. Nós solicitamos o documento em português e inglês, para garantir. Mas o em inglês não foi necessário, pois o que realmente vale para a imigração, é o Certificado Zoosanitário Internacional (CZI). Para conseguí-lo, levamos o atestado médico, carteira de vacinação e um formulário (clique aqui para acessar) preenchido, em horário pré-agendado no órgão emissor do documento, que fica nos aeroportos e pronto, sem maiores problemas”, relata a gerente da Immi.

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*O governo brasileiro disponibiliza um modelo de atestado de saúde do animal. Clique aqui para acessar o exemplo.

Terceiro passo

O terceiro passo é a retirada do CZI. Com o atestado de saúde em mãos, você pode agendar a data para apresentar os documentos no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), que possui centro de atendimento nos aeroportos internacionais do Brasil. Um detalhe importante aqui é que o atestado de saúde, emitido pelo seu veterinário, não pode ser antigo. Ele deve estar datado de, no máximo, 10 dias anteriores. Além disso, a requisição do CZI também deve ser bem próxima a data de embarque, pois ele só é valido por cinco dias para os EUA e 10 dias para os demais países (desde final do mês passado os EUA permitem um certificado online para animais de companhia provenientes de alguns países. Clique aqui e saiba mais).

“Com essa declaração (atestado) e mais documentos que, no caso do Canadá é o formulário preenchido mais a carteira de vacinação, originais e cópia, agendei a ida na MAPA do aeroporto. Foi bem simples e nem precisei levar a Frida. Quando fiz o agendamento, me passaram um endereço de email, que eu deveria enviar um correio eletrônico confirmando a minha ida no dia agendado pelo telefone. Fiz isso e eles responderam com o link onde pude baixar o exemplo do formulário e também os próximos passos e instruções de preenchimento. O site é bem explicado e muito bom”, declara a profissional.

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Quarto passo

Com os documentos em dia é hora de embarcar. Cada companhia aérea cobra uma taxa para animais de estimação, que pode ser diferenciada se o bichano vai na cabine ou no compartimento de carga. Esta tarifa é paga no checkin e o animalzinho irá receber uma espécie de e-ticket, que deve ser guardado durante a viagem.

O ideal, em ambas as viagens, é deixar o animal cerca de seis horas sem se alimentar e duas horas sem tomar água. Lembrando que é terminantemente proibido levar qualquer tipo de alimento para animais na bagagem, tanto de mão quanto despachada. “Na imigração canadense, pediram somente o CZI. Como fizemos escala nos EUA, eu estava preocupada com esta parte, mas lá não pediram nenhum documento, não olharam nada. Em toda a viagem o pessoal foi super prestativo, em todos os lugares”, comemora a dona da Frida.

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Quinto passo

Chegamos ao Canadá! No país, o departamento responsável vai pedir o CZI do animal e verificar se está tudo bem com seu pet. Lembrando que eles podem pedir documentos adicionais, portanto é bom levar a carteira de vacinação com você e caso os profissionais achem que o pet tem algum problema, ele pode até ser proibido de entrar no país. Além disso, é cobrada uma taxa de cerca de CAD$ 35,00 por animal (CAD$ 30,00 + impostos).

Finalmente, chega o período de adaptação, passear na neve e cuidados com seu animalzinho em terras canadenses. Com relação a adaptação, Deborah diz que a Frida não gostou muito do frio logo de cara e levou um tempo para querer passear. “Apesar de não ser nenhum problema, a Frida custou um pouco a querer andar, com chuva, frio e neve, ela ficou um pouco receosa e reparamos um ressecamento de pele por conta da calefação. Mas depois de alguns passeios ela se acostumou e adorou brincar na neve”.

Com relação ao serviço veterinário no país, a gerente da Immi Canada ressalta a importância de se fazer um seguro de saúde do bichano. “O serviço veterinário no Canadá, embora seja de qualidade, possui preços elevados, por isso é interessante optar por um plano de saúde. Existem vários no mercado e cada um deles tem diferentes opções de cobertura. O custoso aqui não é a consulta, mas são os procedimentos e medicamentos”. Por fim, ela indica um grupo no Facebook para quem pretende levar o animal de estimação ao país, que é o Pets Brazucas no Canadá.

Fonte: http://inspection.

Fabíola Cottet

É praticamente impossível não se apaixonar pelo Canadá. Quem vai passear ou para uma visita exploratória, com o intuito de permanecer por um tempo ou imigrar, raramente não quer voltar ao país, a vontade é de permanecer em terras canadenses. Porém, morar em solo estrangeiro deve ser feito de maneira regular e dentro das leis de fronteira e imigração daquele local. Quando se trata de Canadá não é diferente, também no que diz respeito a permissão de estudos.

Recebemos diariamente a pergunta de como fazer para aplicar para a permissão de estudos estando no país e, ainda, diversas dúvidas sobre o pathway. Pensando nisso, produzimos este artigo para explicar como funciona a permissão de estudos, do que o candidato precisa, como aplicar estando no país e qual é o caminho do pathway. Primeiro de tudo é que, para solicitar qualquer extensão ou permissão estando na região, o candidato precisa ter status legal, ou seja, estar morando ou visitando com um visto ou permissão válida. Outro detalhe: não deixe a validade do visa acabar para pedir uma extensão ou mudar de status, dê entrada no processo antes disso acontecer, de preferência com, no mínimo, 15 dias de antecedência.

Estudo de idiomas

É muito comum ir visitar o Canadá, país com dois idiomas como oficias, inglês e francês, e querer fazer uma imersão em uma das línguas. Embora a maior parte do território fale inglês, caso o seu interesse seja pelo idioma francófono, também é possível pensar no país como destino. A boa notícia é que, para o estudo de línguas, você pode vir com o visto de visitante ou eTA (Eletronic Travel Authorization), caso o programa escolhido não ultrapasse 24 semanas.

No caso, os que tem direito ao Eletronic Travel Authorization (eTA), que nada mais é do que uma autorização eletrônica de viagem, precisam somente retirá-la no site do governo (clique aqui e saiba mais detalhes). Para os que precisam solicitar o visto de visitante, o processo também é feito online, porém desde o dia 31 de dezembro de 2018 é exigida a biometria para os brasileiros (leia o artigo completo que escrevemos sobre o tema clicando aqui), por isso é importante não deixar para a última hora.

É bom lembrar que aqueles que possuem um visto de turista ou eTA podem permanecer no Canadá por até seis meses consecutivos, levando em conta a data de entrada carimbada pelo oficial de imigração. No caso do estudo de idiomas, em hipótese alguma, o estudante poderá trabalhar enquanto realiza o curso, mesmo estando com visto de estudante por período superior a seis meses. Se seu curso for de línguas, não é permitido exercer atividade remunerada.

estudos

Mudança de status para estudante 

Agora, se seu objetivo não é estudar inglês, mas sim um curso pós-secundário que pode ser um curso vocacional, graduação, pós, mestrado ou doutorado, terá que solicitar uma permissão de estudos e é possível sim fazer isto estando no Canadá, se você se enquadrar nos pré-requisitos para fazer o procedimento no país. As comprovações são praticamente as mesmas que a imigração pede para quem está no seu país de origem no momento da aplicação. Desta forma, se você está no Canadá como visitante e deseja se tornar estudante para fazer um programa que supere 24 semanas de duração, existem duas possibilidades para realizar o processamento da sua mudança de status: o inside Canada e o outside Canada.

Para o envio dos documentos online, o candidato precisa entrar no site do governo, respondendo uma série de perguntas sobre o status atual no país, dados, se possui dependentes e cônjuge, dentre outras questões (acesse o link aqui para verificar).

Para quem está no Canadá como visitante e resolveu fazer um curso pós-secundário em um college ou university, e foi aceito nesta instituição através da apresentação de um teste de proficiência na língua (que pode ser um exame oficial ou um prestado na própria escola), e demonstrando a nota exigida pela instituição escolhida, terá sua aplicação analisada e processada fora do país. A desvantagem é que se o candidato ainda não tiver colhido os dados biométricos (procedimento obrigatório para brasileiros desde 31 de dezembro de 2018)  ele terá que sair do país para fazer a biometria, visto que ainda não existem pontos de coleta em território canadense.

Aos que estão legalmente no país, cumprindo um pré-requisito do seu programa principal de estudos ainda dentro do prazo de permissão concedido na sua entrada no Canadá, no caso um pathway, o processo de solicitação de permissão será analisado dentro do país, desde que o candidato se classifique para este tipo de aplicação e tenha as comprovações necessárias. O que significa que a documentação precisa ser em inglês e que o aplicante e sua família não precisarão, por enquanto, realizar a biometria.

*Veja o artigo completo que fizemos com 10 perguntas e respostas sobre estudar no Canadá. Acesse a primeira parte do texto clicando aqui e a segunda neste link

Exigências

Para o visto de estudo, aplicado através de qualquer programa com duração superior a seis meses, o estudante precisa ser aceito por uma Designated Learning Institution (DLI). Para tanto, as instituições e cursos possuem regras específicas, mas é possível que seja exigido uma cópia do passaporte, histórico e diplomas anteriores e teste de proficiência do idioma.

Com a aprovação, o aplicante recebe a Letter of Acceptance (LOA) e pode anexar os demais documentos a ela: comprovação de recursos financeiros para arcar com as despesas do curso escolhido e permanecer no país durante o programa (veja tabela de proof of funds aqui), cópia do passaporte, carta de intenção (explicando os motivos pelos quais você está indo ao país e também as razões para voltar após o programa de estudos), documentos que comprovem possíveis vínculos com o Brasil e formulário de aplicação. O candidato paga a taxa de CAD$ 150,00 dólares referente à permissão de estudo, além da taxa de CAD$ 85,00 da biometria (quando ainda não possuir estes dados coletados). A partir daí deve aguardar as instruções para fazer a biometria e, posteriormente, o pedido para exames médicos e solicitação dos passaportes.

Pathway

O pathway nada mais é do que um curso de inglês feito no Canadá com o objetivo de preparar o estudante para o college. Este caminho também pode ser um pré-requisito para ser aceito na instituição pós-secundária. Mas é importante ficar atento: primeiro o estudante deve receber uma LOA condicional do college, que ainda não dá direito à solicitação da permissão comtemplando o período do programa principal, quando o mesmo poderá trabalhar meio período. Para receber a LOA definitiva e dar entrada na permissão, ele precisa atender ao nível de proficiência de inglês no pathway determinado pelo seu curso, para então solicitar a confirmação da sua aceitação para o college.

Eles são programas ideias para quem não atingiu a nota mínima no teste de proficiência, pois por vezes já está afastado do ensino da língua ou não tem a fluência necessária. As aulas destes cursos preparam o aluno para um programa de estudos, pois envolvem leitura, conversação e escrita, realizando ensaios, trabalhos, artigos científicos, apresentações orais e tudo o que será solicitado no college ou university.

Para saber quanto tempo o estudante precisará frequentar o pathway, são aplicados testes básicos com o mesmo ainda no Brasil, pode ser feita uma entrevista por telefone e, por fim, um exame aplicado já no Canadá.

Os alunos e seus respectivos cônjuges não estão mais autorizados a trabalhar durante o período em que o aplicante principal está estudando o idioma. Os dois só podem usufruir da possiblidade de trabalhar, part-time e em tempo integral, respectivamente, a partir do primeiro dia de aula no college ou university do estudante.

Lembrando que a Immi Canada fornece toda a assessoria para o processo de troca de status e solicitação de vistos e, juntamente com a nossa parceira 3RA Intercâmbio, podemos lhe auxiliar na escolha da instituição de ensino e na melhor estratégia para o pedido da sua permissão de estudo. Entre em contato conosco pelo email contact@immi-canada.com ou acesse www.immi-canada.com/contato/ e saiba mais detalhes.

Fonte: www.canada.ca/en/immigration-refugees-citizenship/services/ application/application-forms-guides.html.

Fabíola Cottet

O ministro da imigração canadense, Ahmed Hussen, anunciou um novo programa de imigração. O projeto partiu da cidade de Ottawa, capital do país, localizada na província de Ontario e sede do governo. Segundo Hussen, o piloto vem para preencher a escassez de mão de obra e alimentar o crescimento econômico em pequenas comunidades rurais, sendo destinado aos imigrantes que pretendem se estabelecer fora dos grandes centros urbanos do Canadá.

A princípio o processo será piloto e durará cinco anos, com o nome de Rural and Northern Immigration Pilot. Ele requer que as comunidades mais distantes enviem um plano detalhado ao governo federal, identificando oportunidades de trabalho disponíveis e também desenvolvendo uma estrutura de apoio social para ajudar os recém-chegados a se estabelecerem em terras canadenses.

“Trinta por cento do Produto Interno Bruto (PIB) do país vem das áreas rurais. Estas comunidades estão experimentando uma migração de seus habitantes para cidades maiores, principalmente os mais jovens. O que gera uma dificuldade enorme de preencher vagas de emprego, sendo que 78% de todos os imigrantes que chegam ao nosso território se instalam em grandes centros urbanos”, declarou o ministro. Ele também acredita que este é um passo importante para que as cidades rurais e regiões mais afastadas possam expandir suas economias e aumentar a população através da imigração.

*No ano passado a província de Ontario lançou um projeto piloto semelhante, com o intuito de povoar a região afastada dos grandes centros. Confira mais informações clicando aqui.

A iniciativa baseia-se no sucesso do Atlantic Immigration Pilot Program (AIP), lançado em 2017 para ajudar a impulsionar o crescimento nas regiões das províncias do Atlântico, atraindo mão de obra a New Brunswick, Nova Scotia, Prince Edward Island e Newfoundland and Labrador. Desde a sua criação, 1.562 imigrantes, incluindo 734 aplicantes principais, foram comtemplados com a residência permanente para viver em um dos quatro territórios.

O ministro também afirmou que o recém-criado programa adota as mesmas abordagens do AIP, onde os empregadores locais, governos provinciais e setores de serviço devem trabalhar juntos para conectar os novos moradores com oportunidades de trabalho, através de redes e orientação, além de ajuda-los a entender os sistemas de educação, habitação, transporte e saúde.

“Não se trata somente de atrair os imigrantes para a comunidade, mas fazer com que eles permaneçam”, ressaltou Hussen. As regiões distantes e cidades rurais do país têm lutado, ainda mais que os centros urbanos, contra o envelhecimento da população e o consequente declínio de pessoas em idade produtiva. Entre 2001 e 2016 a força de trabalho encolheu 23% nas regiões, enquanto a população em idade para se aposentar cresceu 40%. “É por isso que queremos atrair mais imigrantes para estas comunidades menores. Eles devem se sentir bem-vindos, para que possam trabalhar e morar no local. O foco deste piloto não é apenas obter as pessoas com as habilidades certas”, finalizou o ministro da imigração.

programa de imigracao

O programa

Clicando neste link o interessado pode obter mais informações a respeito do Rural and Northern Immigration Pilot. Porém agora (março de 2019), a página está aberta somente para as comunidades que desejam enviar o plano para receber os futuros imigrantes. No entanto o Immigration, Refugees and Citizienship Canada deixa claro que ainda este ano serão disponibilizadas as informações para os candidatos que tem o intuito aplicar.

São dezenas de maneiras diferentes de imigrar para o Canadá. O novo processo anunciado de imigração vem somar a mais de 50 programas diferentes de morar em terras canadenses. Uma delas pode ser para você! A melhor forma de descobrir é a consulta de imigração oferecida pela Immi Canada, onde traçamos seu perfil e da sua família, para verificar se você já está apto a se candidatar. Caso não esteja, nós lhe mostramos o caminho, além de auxiliar e dar assessoria em todo o procedimento para vistos, residências e processos provinciais. Acesse www.immi-canada.com/consulta/ ou mande um email para contact@immi-canada.com e saiba mais informações.

Fabíola Cottet

O governo canadense anunciou que está comprometendo CAD$ 10 milhões do seu orçamento anual com o Canada’s Foreign Credential Recognition Program, que nada mais é do que um programa de reconhecimento de credenciais e profissões estrangeiras. O objetivo é de auxiliar os recém-chegados, com qualificações que foram aprendidas e executadas em outros países, a encontrar e manter empregos bem remunerados, de forma mais efetiva e rapidamente, integrando o mercado de trabalho no Canadá.

O dinheiro será destinado para os 15 projetos existentes, que ajudam imigrantes a encontrar novos trabalhos de diversas maneiras: divulgando vagas, ensinando uma das línguas oficiais do país, dando palestras, proporcionando colocação profissional, ensinando como se portar em entrevistas e formas de montar currículo, dentre outros serviços. Além disso, o valor também será repassado às instituições que visam recolocar os profissionais que possuem ocupações em demanda e, por fim, aos órgãos que atuam no reconhecimento de credenciais estrangeiras.

Uma notícia divulgada pelo Employment and Social Development Canada (ESDC), ressalta que o governo quer conceitos inovadores e colaborativos das partes interessadas, que abordem barreiras específicas com relação à integração de imigrantes qualificados e com profissões em demanda no mercado de trabalho canadense. “Ajudar os recém-chegados a obter assistência para que sua profissão seja reconhecida de maneira menos burocrática e mais rápida, permitirá que eles se juntem a força de trabalho do país mais rapidamente”, declarou Patty Hajdu, ministra do Employment, Workforce Development and Labour, que no português significa emprego, desenvolvimento da força de trabalho e mão de obra. Ela ressalta que a medida também dará uma chance mais justa de os imigrantes alcançarem o sucesso em terras canadenses.

A ESDC também comunicou que as inscrições para as instituições interessadas estão abertas e que o valor de verba máximo para cada uma delas será de CAD$ 800 mil. As entidades que podem se cadastrar devem estar envolvidas com o reconhecimento de profissão, integração de profissionais no mercado de trabalho, órgãos reguladores, associações profissionais e sindicatos. O prazo limite para a submissão é 11 de abril deste ano. Os selecionados serão convidados a desenvolver e apresentar um projeto completo ao órgão.

trabalho no canada

*Veja mais informações sobre como conseguir um bom emprego no Canadá clicando aqui.

Trabalho no Canadá

O Canadá está sempre em busca profissionais e, no início deste ano, comemorou seu recorde absoluto da menor taxa de desemprego de todos os tempos: 5,6%. Desde que a Statistics Canada começou a monitorar os números, há 40 anos atrás, o percentual de pessoas sem trabalho nunca foi tão baixo.

O Statistics Canada, também chamado de Stacan, é a agência governamental responsável por tabular e mensurar os mais diversos dados sobre o país, da mesma forma que o Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE), realiza este trabalho no Brasil. O mesmo órgão aponta que, nas terras sul americanas, esta taxa de desemprego chega a quase 12% e atinge 12,5 milhões de pessoas (dados de novembro de 2018). Vale lembrar que o número foi maior no decorrer do ano passado.

A notícia ainda fica melhor com relação ao território canadense, pois revela um aumento na taxa de empregos: foram 94 mil novas vagas somente no final do ano passado, espalhadas por todo o país. O relatório do Stacan revelou que esse aumento provém de posições de trabalho estáveis e em período integral, ou seja, contratos de emprego não temporários.

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As oportunidades aumentam em diversas áreas, porém o setor de TI está sempre em alta nos últimos anos (clique aqui e saiba mais). Para esta área as vagas estão nos mais diversos setores: analistas, desenvolvedores, programadores e consultores SAP. Além disso, existem diversas posições para soldadores, mecânicos e operadores de máquinas. Outro setor que sempre possui demanda é o de saúde, principalmente cuidadores de pessoas debilitadas, idosos e no serviço social.

Dicas para conseguir um emprego

Primeiramente, para trabalhar legalmente no território é necessária uma permissão para tal, que pode ser obtida de diversas maneiras: ter uma oferta de emprego ainda estando fora do Canadá, obter a residência permanente, ou fazer um curso superior em uma instituição classificada como pública pelo governo canadense, em um programa full-time, com duração superior a oito meses.

Outro detalhe importante é que, caso você queira um emprego na sua área no país, deve verificar se sua profissão é regulamentada no local (veja a lista de trabalhos regulamentados). Medicina, direito, engenharia, biologia e nutrição são algumas que se enquadram na lista. Nestes casos, o profissional deve, depois de escolher a província, pesquisar as regras e caminhos para reconhecer a sua ocupação no país.

O inglês, ou francês no caso da província de Quebec, deve ser sua primeira meta para conquistar uma boa posição. Visto que as duas línguas são os idiomas oficiais do país, uma delas deve estar, pelo menos, em um nível avançado para uma posição em áreas específicas ou empregos que pagam uma quantia mais alta.

Partindo para o lado prático na busca pelo emprego, a cover letter nada mais é que uma carta de apresentação que antecede o seu “resume” (currículo). A carta não é comum no Brasil, mas é quase obrigatória no Canadá e exigida por diversas vagas e recrutadores. Para se ter uma ideia, o recrutador pode decidir verificar seu currículo ou não após a ler, por isso é indicado dar uma atenção especial a ela. A cover letter nunca deve ultrapassar uma página e não substitui o resume. Escrita em forma de texto e não em tópicos, a carta conterá frases de impacto e atrativas, contando sua experiência pessoal e qualificações, de maneira mais personalizada e profissional.

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*Veja um exemplo de cover letter no link (da empresa Monster, que é uma grande companhia na área de recrutamento e seleção): www.monster.ca/career-advice/article/cover-letter.

Da mesma forma que no Brasil, o currículo no Canadá é a apresentação ao recrutador. Então ele deve causar uma boa impressão e conter informações como histórico de trabalho, certificações, cursos, objetivos na carreira e contato. Talvez a principal diferença com relação ao brasileiro é que, no canadense, o candidato não deve incluir informações pessoais nunca, em nenhuma circunstância. Ou seja, dados como estado civil, número de filhos, idade, foto e número de documentos devem ficar de fora. Além disso, o seu currículo será para a vaga a qual está se candidatando. Caso o aplicante esteja almejando uma vaga de programador, por exemplo, colocará no currículo somente as experiências e cursos que tenham relação com a vaga.

*O governo canadense mantém um site completo e atualizado, com anúncio de vagas e cadastro de currículos, o Job Bank. Acesse clicando aqui.

Um ponto muito importante do currículo, ou da entrevista, dependendo do caso, são as referências. E não adianta colocar seu ex-chefe brasileiro ou colega de trabalho do Brasil, os recrutadores buscam por bons contatos canadenses. Esta costuma ser uma parte complicada para os recém-chegados, mas tão logo você começa a fazer contato, pode criar seu networking. Para criar uma rede de contatos, ter boas referências e até uma indicação para uma vaga de trabalho, realizar trabalho voluntário é a melhor opção. Além de contar na experiência, o voluntariado faz com que o imigrante se insira ainda mais na cultura local, dando ótimas oportunidades de conhecer pessoas e fazer o bem.

Tanto no Brasil como no Canadá, fazer contatos é a melhor maneira de conseguir um trabalho. Porém, ao contrário do Brasil onde as ligações são feitas com o departamento de recursos humanos, o Canadá costuma ter os canais um pouco mais abertos, incluindo telefones e nomes de responsáveis nas vagas. Eles também usam amplamente o LinkedIn como ferramenta para recrutamento (veja mais a respeito acessando este link). Portanto, não ter receio de ligar e ir atrás da vaga é uma qualidade, só é indicado ter parcimônia.

trabalho no canada

*Acesse este link  e saiba mais detalhes sobre como estudar e trabalhar em terras do True North.

Fonte: https://www.canada.ca/en/employment-social-development/corporate/portfolio/service-canada.html.

Fabíola Cottet

O governo canadense, em parceria com o serviço de fronteira dos Estados Unidos da América (EUA), vai passar a controlar a saída de pessoas do país. As informações geradas pelos EUA serão compartilhadas com o órgão de imigração do Canadá. A previsão para o início da coleta destes registros é o mês de junho deste ano, para viagens feitas por terra e, para saídas pelos aeroportos, junho de 2020. A troca de dados entre os países já ocorria para o sistema de imigração e vistos, mas não para saída de estrangeiros de ambos os territórios.

Com a implantação do novo sistema, que será ainda mais unificado, será possível identificar pessoas que ficaram mais do que o tempo permitido em seus vistos ou permissões no Canadá. A notícia é mais um alerta da importância de se manter em situação regular e cumprir as datas estipuladas na permissão ou visto.

A medida foi anunciada pelo Immigration, Refugees and Citizienship Canada (IRCC) no dia 25 de fevereiro deste ano, como parte do plano de ação de segurança de fronteiras e competitividade econômica (Perimeter Security and Economic Competitiveness Action Plan) que os países seguem em acordo. O IRCC vai usar as informações como suporte para administração da Immigration and Refugee Protection Act (IRPA), que é uma lei de proteção a imigrantes e refugiados e também o Citizienship Act e a Canadian Passport Order. Estes últimos são a lei de cidadania e passaporte.

*Clique aqui e confira o artigo que fizemos sobre imigração, aeroporto e primeiros passos no Canadá.

estrangeiros

Nas instruções completas a respeito, o governo canadense deixa claro que o IRCC vai obter informações completas sobre entrada e saída de imigrantes, diretamente da Canada Border Services Agency (CBSA) e irá utilizar o sistema para:

Para residência temporária, as aplicações para vistos, permissões de visitante, trabalho e estudo e extensões das mesmas, além da Eletronic Travel Authorization (eTA) serão verificadas com as novas informações e poderão se beneficiar de dados de entrada e saída anteriores do aplicante. No que diz respeito aos pedidos de residência permanente, o departamento de imigração vai averiguar informações para os cartões de Permanent Resident (PR), solicitações de documentos de viagem, aplicações de refugiados e patrocínio de imigrantes da classe familiar. Por fim, para cidadania, os registros serão utilizados em quase todas as etapas do processo.

Para Celina Hui, consultora de imigração e CEO da Immi Canada, a medida só afirma que, a cada ano, o país vem sendo mais rigoroso com relação ao status legal dentro de seu território. “Este controle adicional do departamento de imigração só vem provar aquilo que sempre falamos aos nossos clientes: não fique sem status no país e não exceda o limite de suas permissões. Quando o viajante perde o seu status ele pode ter sérias complicações no futuro, tanto para procedimentos canadenses, como para americanos”, ressalta.

Vistos, permissões e residência

Existem diversas maneiras de entrar no Canadá legalmente e isso causa uma certa confusão no início do caminho. Devo pedir um visto de turismo para estudar inglês por três meses? Qual é a permissão que meu cônjuge terá se eu for estudar por um ano? Quanto tempo posso permanecer como turista? Estes questionamentos são muito comuns e, pensando nisso, vamos esclarecer qual é o tipo de visto para o Canadá ideal para você.

Antes iniciarmos, é importante ressaltar que visto americano e canadense são diferentes. Você não consegue entrar nos EUA tendo somente o visto canadense. Porém, você pode ter acesso ao Canadá tendo somente o norte-americano, mas terá, ainda assim, que solicitar a eTA, uma autorização eletrônica de viagem que abordaremos a seguir. Além disso, apenas cidadãos canadenses, ou seja, portadores do passaporte do país, não necessitam de visto para viajar aos EUA. Qualquer imigrante, ainda que possua o cartão de Permanent Resident no Canadá, terá de solicitar o visto caso queira ir aos EUA.

estrangeiros

Eletronic Travel Authorization (eTA)

A eTA nada mais é do que uma autorização eletrônica de viagem. Os brasileiros elegíveis são aqueles que possuem um visto norte americano válido ou um visto canadense aprovado nos últimos 10 anos. Para aqueles que têm a cidadania europeia, o Canadá libera o eTA sem restrições de elegibilidade.

Para obtê-lo basta acessar o site abaixo, preencher um formulário com a autorização e solicitação de dados, pagar uma pequena taxa pelo cartão de crédito no valor de CAD $7 e aguardar o email chegar no endereço eletrônico cadastrado, o que acontece em média 48h após a aplicação (veja aqui mais dicas sobre o processo). Com o eTA, o viajante só pode chegar pela primeira vez ao país por via aérea e ele é válido por cinco anos ou até o vencimento do passaporte, o que ocorrer primeiro.

Para mais informações e aplicação, acesse o link: www.canada.ca/en/immigration-refugees-citizenship/services/visit-canada/eta.html.

Visto de visitante

Caso você não se enquadre nas exigências para solicitar o eTA, terá que pedir o visto de visitante, também conhecido como visto de turismo. Ele é o Visitor-1 (V-1) e concede múltiplas entradas ao portador, permitindo a estadia no país por até seis meses consecutivos, porém não dá direito a trabalho e estudo (exceto para cursos de até 24 semanas).

A aplicação pode ser feita online e em papel e o solicitante consegue mais informações sobre as etapas do processo e documentos no link oficial do departamento de imigração, colocado abaixo. A validade do visto é variável de acordo com a data do passaporte, podendo chegar a até 10 anos (o oficial de imigração também pode restringir este período, tanto o de validade quanto o de permanência, de acordo com regras e impressões de cada pacote de aplicação). Caso o aplicante queira permanecer por um período superior a seis meses, pode solicitar uma extensão da permissão de visitante, que será avaliada e respondida pelo oficial de imigração. É importante ressaltar que durante o período da extensão, o visitante não poderá mais estudar, nem mesmo em cursos de idioma, independentemente da duração do programa.

Para mais informações e aplicação, acesse o link: www.cic.gc.ca/english/information/applications/visa.

Visto de estudante

É um visto que permite que o viajante, que tem o propósito de estudar no país, chegue ao Canadá e possa requisitar uma permissão de estudante na sua entrada, para que possa ficar no país durante o período do seu curso. Basicamente existem dois tipos: o S-1 e o SW-1. A definição de qual deles pedir começa com a escolha do curso. O primeiro, chamado de S-1, é concedido quando não há o requisito de estágio obrigatório para concluir o curso. Já o SW-1 é dado quando existe um componente de co-op ou placement obrigatório no programa, sendo que esta informação deve constar na Letter of Acceptance (LOA) emitida pela instituição de ensino canadense.

estrangeiros

De maneira geral, para que um estrangeiro estude no Canadá e possa aplicar para o visto de estudante, ele precisa primeiro escolher uma instituição de ensino entre as Designated Learning Institutions (clique aqui e acesse a lista). Após passar pelas etapas de seleção da escola, college ou university, o futuro estudante recebe uma Letter of Acceptance (LOA) da instituição, que é um requisito obrigatório para aplicar para o visto. O pedido também pode ser feito online ou via postal, sendo que a média de tempo de processamento é de sete semanas, também podendo variar, conforme o local de aplicação e o volume de processos recebidos pelo escritório de imigração responsável pela sua análise. A permissão de estudos e trabalho (caso seja aplicável), é concedida na ocasião de entrada no país. A duração do visto é variável de acordo com o tempo de estudos. Porém, na maioria dos casos, ela vale por todo o curso e alguns meses a mais, que dão ao candidato tempo suficiente para renovar ou solicitar outros documentos caso queira estender a estadia.

Uma dúvida que sempre acomete quem vai estudar em terras canadenses é a questão de trabalhar enquanto faz seu curso. Estudantes brasileiros de inglês ou em programas de pathway não podem trabalhar, nem seus cônjuges. Já para quem escolhe um curso full-time em um college, universidade, com duração mínima de oito meses, em uma das instituições da lista, tem direito a trabalhar por 20 horas semanais, sendo que o cônjuge pode pedir uma permissão de trabalho em período integral, se a instituição escolhida estiver entre as que dão este direito ao aluno (clique aqui e veja mais detalhes sobre o visto de estudo).

Para mais informações, acesse o link: www.canada.ca/en/immigration-refugees-citizenship/services/study-canada.

Visto de trabalho

Ele é conhecido como W-1 e permite o trabalho no país. A documentação necessária é variável, dependendo do processo escolhido. Porém aqui é importante frisar que na imensa maioria dos casos é necessário possuir uma oferta de trabalho de um empregador canadense, pré-autorizado pelo governo a contratar um estrangeiro que ainda não possua permissão para trabalhar no país, para ser bem sucedido em um programa de visto para o Canadá com o intuito trabalhar em solo canadense.

Existem várias opções nesta categoria e o tempo para emissão varia bastante. Entre eles podemos citar o mais comum dentre os brasileiros, o visto de trabalho como accompanying spouse de um full-time post secondaty student. Ele é o Open Work Permit concedido aos cônjuges de estudantes estrangeiros e facilita muito a estadia das famílias, principalmente durante o período de estudo.

Além dele, temos o visto de trabalho dado ao cônjuge de um trabalhador com uma oferta de emprego qualificado no Canadá; visto de trabalho com patrocínio que é obtido através da LMIA (clique aqui e saiba mais detalhes sobre este tipo de visto); permissão de trabalho com o suporte do empregador, que é obtido através da província, com o suporte de um empregador do local; visto de trabalho de transferência de países, quando o funcionário é expatriado e transferido para o Canadá para trabalhar em empresas do mesmo grupo ou filiais; e também existe o Post-Graduation Work Permit (PGWP), que é obtido após o término de uma graduação em uma instituição de ensino elegível.

Para mais informações, acesse o link: www.canada.ca/en/immigration-refugees-citizenship/services/work.

estrangeiros

Residência Permanente

O Permanent Resident (PR) é um dos objetivos mais almejados entre os brasileiros que buscam uma melhor qualidade de vida no Canadá. Um residente permanente é alguém que tenha recebido um status que possibilita com que viva no Canadá, com direitos semelhantes ao de um cidadão do país, por cinco anos. Porém, o portador ainda não é considerado um cidadão canadense. Após um tempo com o cartão de PR e cumprindo algumas exigências, o morador pode dar entrada no seu pedido de cidadania (veja mais detalhes aqui) ou renovar seu PR Card.

*IMPORTANTE: desde 31 de dezembro de 2018 os aplicantes brasileiros que aplicam do Brasil para um visto canadense, com exceção do eTA, devem fazer o procedimento de biometria. Clique aqui e veja todas as informações a respeito.

Fonte: www.canada.ca/en/immigration-refugees-citizenship/corporate/ publications-manuals/operational-bulletins-manuals/updates/2019-entry-exit-new.html.

Fabíola Cottet

O Banco Mundial, através de um estudo divulgado este ano, avaliou as leis e garantias oferecidas às mulheres em todos os países do mundo. O Canadá ficou com 97,5 pontos de 100, ocupando a oitava posição do ranking. Para se ter uma ideia do que isto significa, o Brasil, no mesmo estudo, ficou na colocação 68º.  Segundo o relatório, um pouco mais de 50% da população mundial é do sexo feminino, o que quer dizer que o desenvolvimento social, crescimento econômico e progresso das nações dependem de leis e políticas que ofereçam condições de igualdade de gêneros.

Pensando no crescimento futuro e no quanto diversas nações ainda precisam evoluir no quesito, o Banco Mundial (BM) realizou um estudo detalhado do tema, desenvolvido ao longo de 2018 e divulgado este ano: Women, Business and the Law 2019. O relatório, além de avaliar a evolução do tema na última década, mostra uma intensa e detalhada pesquisa, chegando a dados e também ao ranking dos países. Seis territórios tiraram nota máxima no estudo: Luxemburgo, Suécia, Letônia, Bélgica, Dinamarca e França. Os franceses, além de alcançarem 100 pontos, ganharam destaque no que diz respeito a evolução, pois desde 2009 aprovaram leis severas contra o assédio no trabalho, violência doméstica contra as mulheres e sancionaram a licença parental remunerada, que antes era uma exclusividade das mães. Estas medidas fizeram com que o país também chegasse no topo do ranking.

*Aproveite e acesse o artigo completo que fizemos a respeito dos detalhes sobre ser mãe no Canadá clicando aqui.

A média mundial de todos os países analisados, no entanto, fica em torno de 75, o que mostra, segundo o BM, que ainda existem muitos pontos e locais que precisam evoluir. Isto não quer dizer que não houve progresso. Há 10 anos atrás a média girava em torno de 70 pontos.

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Oito foram os indicadores avaliados pela instituição: liberdade de ir e vir, que inclui segurança e a possibilidade de se deslocar livremente sem assédio ou preconceito; possibilidade de trabalho, que pede a presença de leis contra o assédio no ambiente profissional e regulamentações que permitem a livre escolha das mulheres por trabalhar ou não; remuneração – aqui foi verificado o efeito das leis, se elas realmente são aplicadas e a equiparação dos salários femininos com os masculinos; estado civil, onde entra a questão do posicionamento legal das leis do território que atingem uma mulher que casa ou se divorcia, além de incluir aspectos da violência doméstica; maternidade – onde é avaliada a presença de leis trabalhistas que possibilitem a mulher de tirar licença maternidade, se é compartilhada com o pai e também as condições para que a mãe possa voltar ao trabalho; negócios e empreendedorismo, que compreendem as dificuldades enfrentadas por uma mulher para abrir uma empresa; propriedade e herança, que verifica as condições e se existem diferenças entre homens e mulheres; e aposentadoria – que compreende idade para se aposentar, valores e acesso ao benefício.

Em cada um dos indicadores foram avaliados vários pontos, como se uma mulher pode ter o mesmo estilo de vida de um homem, se ela pode sair de casa, aplicar para um passaporte, viajar para fora do país, se elas podem ter um trabalho e concorrer a uma posição da mesma maneira que eles, se na mesma posição e com os mesmas qualificações recebem os mesmos salários, se quando casada a mulher não é obrigada legalmente a obedecer ao marido, se ela pode ser a cabeça da família da mesma forma que o homem, se existe licença maternidade e se a mesma é compartilhada com o pai, se pode assinar um contrato ou registrar um negócio da mesma maneira que um homem, se na questão de herança existe algum tipo de distinção entre os gêneros, se a lei estabelece pagamento de aposentadoria para donas de casa que cuidam dos filhos, dentre diversas outras questões.

Segundo a pesquisa, o que fez com que o Canadá não alcançasse o topo do ranking juntamente com os seis países, é a questão da maternidade e, mais especificamente, a ausência de um plano de governo relacionado à implantação de creches gratuitas ou de baixo custo para que os pais possam deixar os filhos até os quatro ou cinco anos, que é quando se inicia a escola pública no país (a idade mínima varia de acordo com a província). Embora alguns territórios do país possuam subsídio para o Day Care ou Child Care, que nada mais são do que as creches no Brasil, fazendo uma comparação, o plano não é federal e também não cobre a maior parte da população. Esta foi a única categoria em que as terras canadenses não tiraram o score máximo de 100 pontos, ficando com 80.

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*Veja mais informações sobre o subsídio para o Day Care no Canadá clicando aqui.

No que diz respeito aos países vizinhos do Brasil na América do Sul, se destacam o Paraguai e o Peru, com 94,3 pontos e 95, respectivamente. O Brasil teve nota 80 em maternidade, 75 em negócios e obteve somente 25 pontos no indicador de aposentadoria.

Maternidade no Canadá

Primeiramente, é importante destacar que vistos temporários de estudo ou turismo, que não dão direito a cobertura de saúde governamental do Canadá (saiba mais detalhes clicando aqui), não permitem que a família tenha o bebê em hospitais públicos e os custos sejam bancados pelo governo. Isso não quer dizer que a mãe não possa ter um filho no país, mas sim que terá que desembolsar as despesas totais do parto, pois geralmente os seguros saúde contratados para viagem ou estudo não dão assistência no caso de gravidez. Os valores variam entre 35 e 80 mil dólares canadenses, em média, para o procedimento todo. O preço oscila tanto pois depende da província, do hospital, dos cuidados que a futura mamãe vai precisar, do tempo em ficarão no hospital, dentre outros.

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Para quem tem um visto temporário, porém tem permissão de trabalho ou estudo para mais de seis meses e, principalmente, possui cobertura médica provincial assegurada  pelo governo, consegue ter o bebê da mesma maneira que um residente permanente ou canadense e terá os mesmos cuidados. Com relação a cidadania, a constituição canadense não proíbe que estrangeiros tenham filhos em seu território. A criança será um cidadão do país, com todos os direitos e deveres, porém o nascimento não dá direito de os pais tornarem-se residentes ou cidadãos.

Para quem não sabe, o Canadá está entre os países que possuem uma das licenças maternidades mais longas do mundo e, toda mãe que acumulou 600 horas de trabalho em um emprego, pagando pelos impostos, pode solicitar. Ela é dividida em duas, a pregnancy leave, que pode ser usufruída apenas pela mãe e a parental leave, que é compartilhada entre ambos os pais. O período todo soma, no máximo, 18 meses. A pregnancy leave tem duração máxima de 17 semanas e o momento em que a mãe pode entrar no período depende de cada região. Algumas províncias permitem seis semanas antes do nascimento, outras aumentam este período. Portanto, vale entrar no site da localidade de residência e pesquisar o funcionamento e regras de cada região. Já a parental leave pode ser de, no máximo, 35 semanas e é permitido que seja compartilhada entre os membros do casal. Ela pode ser solicitada depois que a licença da mãe acabar.

A respeito dos benefícios financeiros, como dito anteriormente, caso os pais estejam trabalhando, o governo canadense arca com uma parte do salário, além de outros pagamentos (o cálculo e regras podem ser acessados clicando aqui).

*Para saber todas as regras da licença maternidade em terras do True North acesse este link.

Fonte: https://openknowledge.worldbank.org/bitstream/handle/10986/31327/WBL2019.pdf.

Fabíola Cottet

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